A colonização não acabou.
Montadoras assaltam o País e remetem US$ 4 bi às matrizes
A remessa abusiva de lucros das multinacionais a seus países de origem é, por sisó, a denúncia cabal do modelo colonial de economia ainda vigente. E esseverdadeiro muro da vergonha da exploração capitalista internacional, acabada a guerra fria e instaurada a globalização da economia, insiste em se manter em pé,
perpetuando a espoliação.
A informação é da Agência Sindical/ CUT, 16-02-2011.
Ilustra, objetivamente, esse quadro artigo assinado na revista CartaCapital, número 633, por Fernando Sartie Célio Hiratuka , professores do Instituto de Economia da Unicamp. Um aspecto que vale a pena destacar, também, é a enxurrada de dinheiro público, do BNDES, a essas multinacionais. As remessas feitas ano passado equivalem a quase dez vezes os investimentos dessas filiais em nosso País.
Diz o texto:
“As remessas das filiais automotivas para os debilitados caixas de suas matrizes atingiram a expressiva soma de US$ 4 bilhões, em 2010, o que representou um valor quase dez vezes maior do que os investimentos externos realizados por essas filiais no mesmo período (450 milhões de dólares). Repete-se, assim, o
movimento já observado durante e após a crise. Se considerarmos o período 2008-2010, as remessas de lucros e dividendos das empresas automotivas totalizaram US$ 12,4 bilhões ante investimentos externos de apenas US$ 3,6 bilhões, o que significa um saldo líquido negativo de US$ 8,8 bilhões, em que pese o excelente desempenho das vendas e da produção na economia brasileira”.
Dizem mais os professores da Unicamp: “Ao mesmo tempo que as remessas ao exterior se elevaram, as empresas do setor automotivo tomaram financiamentos de US$ 8,7 bilhões (aproximadamente, R$ 16,3
bilhões) ao BNDES, no período 2008-2010. Por outro lado, a média anual de investimentos produtivos foi da ordem de US$ 2 bilhões para as montadoras e de US$ 1,3 bilhões para as autopeças nos últimos anos. Isso significa que quase a totalidade dos recursos necessários para financiar seus investimentos saiu dos
cofres públicos, enquanto parcela expressiva dos lucros foi transferida para as matrizes”.
Os autores do artigo também chamam atenção para a falta de contrapartidas quando dos generosos financiamentos pelo BNDES. Mas a farra do dinheiro fácil e da renúncia fiscal é faca de dois gumes, alertam os professores, que concluem: “Sem mais e melhores investimentos, o País e o próprio setor automotivo correm sério risco de perder competitividade e reduzir quantitativa e qualitativamente sua inserção na rede corporativa global”.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=40795
A remessa abusiva de lucros das multinacionais a seus países de origem é, por sisó, a denúncia cabal do modelo colonial de economia ainda vigente. E esseverdadeiro muro da vergonha da exploração capitalista internacional, acabada a guerra fria e instaurada a globalização da economia, insiste em se manter em pé,
perpetuando a espoliação.
A informação é da Agência Sindical/ CUT, 16-02-2011.
Ilustra, objetivamente, esse quadro artigo assinado na revista CartaCapital, número 633, por Fernando Sarti
Diz o texto:
“As remessas das filiais automotivas para os debilitados caixas de suas matrizes atingiram a expressiva soma de US$ 4 bilhões, em 2010, o que representou um valor quase dez vezes maior do que os investimentos externos realizados por essas filiais no mesmo período (450 milhões de dólares). Repete-se, assim, o
movimento já observado durante e após a crise. Se considerarmos o período 2008-2010, as remessas de lucros e dividendos das empresas automotivas totalizaram US$ 12,4 bilhões ante investimentos externos de apenas US$ 3,6 bilhões, o que significa um saldo líquido negativo de US$ 8,8 bilhões, em que pese o excelente desempenho das vendas e da produção na economia brasileira”.
Dizem mais os professores da Unicamp: “Ao mesmo tempo que as remessas ao exterior se elevaram, as empresas do setor automotivo tomaram financiamentos de US$ 8,7 bilhões (aproximadamente, R$ 16,3
bilhões) ao BNDES, no período 2008-2010. Por outro lado, a média anual de investimentos produtivos foi da ordem de US$ 2 bilhões para as montadoras e de US$ 1,3 bilhões para as autopeças nos últimos anos. Isso significa que quase a totalidade dos recursos necessários para financiar seus investimentos saiu dos
cofres públicos, enquanto parcela expressiva dos lucros foi transferida para as matrizes”.
Os autores do artigo também chamam atenção para a falta de contrapartidas quando dos generosos financiamentos pelo BNDES. Mas a farra do dinheiro fácil e da renúncia fiscal é faca de dois gumes, alertam os professores, que concluem: “Sem mais e melhores investimentos, o País e o próprio setor automotivo correm sério risco de perder competitividade e reduzir quantitativa e qualitativamente sua inserção na rede corporativa global”.
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=40795
Marcadores: Colonização; Montadoras; BNDES; Lucro.
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