A novela da Vacina
Brasil pode ter a primeira vacina contra a dengue
O Brasil quer ter uma primeira vacina para ser testada contra a dengue em cinco anos. A Fundação Oswaldo Cruz assinou um acordo com a empresa Glaxo Smith Klein para iniciar em 2010 pesquisas para o desenvolvimento da primeira vacina no mundo contra a doença.
Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, um grupo de pesquisadores já iniciou viagens à sede da GSK, em Londres, para os trabalhos de preparação. O projeto custará 70 milhões de euros em pesquisas durante os cinco anos. Mas serão necessários mais alguns anos até que a vacina chegue ao mercado. Cada um dos parceiros colocará 35 milhões de euros no programa. Carlos Morel, representante da Fiocruz, admite que não existe nenhuma garantia de que o resultado fi nal seja a descoberta de uma vacina. Mas estima que as chances são altas. “Não sabemos o que vai ocorrer. Mas a meta é a de ter as primeiras vacinas para testes em cinco anos”, disse.
FÓRUM
A cúpula da Fiocruz participa nesta Semana do Fórum Global para a Pesquisa na Área de Saúde, que ocorre em Havana (Cuba) com os principais especialistas e multinacionais de todo o mundo. O combate contra a dengue se tornou um dos principais desafios da saúde pública no Brasil e a estimativa do Ministério da Saúde é de que a vacina seja a única, se não a mais importante solução contra a doença. “A luta contra a dengue é uma prioridade. Portanto, vale a pena a aposta que estamos fazendo”, disse Morel. Na avaliação do Ministério da Saúde, o surgimento de uma vacina no mercado revolucionaria a situação da doença no país. “A ideia é de que possamos, uma vez comprovada a eficácia da vacina, aplicá-la em toda a população brasileira”, disse Morel. Internamente, a Fiocruz já iniciou os trabalhos também para reformar seus laboratórios, uma exigência para garantir que o projeto não passe de uma aposta. Para a GSK, que terá acesso às informações da Fiocruz sobre o vírus da dengue e a todo o material já pesquisado no Brasil sobre o assunto, o acordo também pode representar lucros.
Além do mercado brasileiro, a ideia é de uma eventual exportação do produto para o Sudeste Asiático, outra região que sofre com a doença.
MALÁRIA
O Brasil vai receber cerca de R$ 100 milhões para combater a malária. Comunidades que vivem em 47 municípios de seis Estados da região amazônica serão beneficiadas pelo investimento, que tem por objetivo realizar ações de prevenção e tratamento da doença pelos próximos cinco anos. O projeto de Controle da Malária será financiado pelo Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária, aprovado em 2008 e que começará a ser executado no próximo ano, segundo o Ministério da Saúde. O repasse será feito em cinco parcelas e representa um incremento de 14% em relação aos investimentos previstos pela pasta para o período.
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia, 18/11/2009, pág A9
O Brasil quer ter uma primeira vacina para ser testada contra a dengue em cinco anos. A Fundação Oswaldo Cruz assinou um acordo com a empresa Glaxo Smith Klein para iniciar em 2010 pesquisas para o desenvolvimento da primeira vacina no mundo contra a doença.
Segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, um grupo de pesquisadores já iniciou viagens à sede da GSK, em Londres, para os trabalhos de preparação. O projeto custará 70 milhões de euros em pesquisas durante os cinco anos. Mas serão necessários mais alguns anos até que a vacina chegue ao mercado. Cada um dos parceiros colocará 35 milhões de euros no programa. Carlos Morel, representante da Fiocruz, admite que não existe nenhuma garantia de que o resultado fi nal seja a descoberta de uma vacina. Mas estima que as chances são altas. “Não sabemos o que vai ocorrer. Mas a meta é a de ter as primeiras vacinas para testes em cinco anos”, disse.
FÓRUM
A cúpula da Fiocruz participa nesta Semana do Fórum Global para a Pesquisa na Área de Saúde, que ocorre em Havana (Cuba) com os principais especialistas e multinacionais de todo o mundo. O combate contra a dengue se tornou um dos principais desafios da saúde pública no Brasil e a estimativa do Ministério da Saúde é de que a vacina seja a única, se não a mais importante solução contra a doença. “A luta contra a dengue é uma prioridade. Portanto, vale a pena a aposta que estamos fazendo”, disse Morel. Na avaliação do Ministério da Saúde, o surgimento de uma vacina no mercado revolucionaria a situação da doença no país. “A ideia é de que possamos, uma vez comprovada a eficácia da vacina, aplicá-la em toda a população brasileira”, disse Morel. Internamente, a Fiocruz já iniciou os trabalhos também para reformar seus laboratórios, uma exigência para garantir que o projeto não passe de uma aposta. Para a GSK, que terá acesso às informações da Fiocruz sobre o vírus da dengue e a todo o material já pesquisado no Brasil sobre o assunto, o acordo também pode representar lucros.
Além do mercado brasileiro, a ideia é de uma eventual exportação do produto para o Sudeste Asiático, outra região que sofre com a doença.
MALÁRIA
O Brasil vai receber cerca de R$ 100 milhões para combater a malária. Comunidades que vivem em 47 municípios de seis Estados da região amazônica serão beneficiadas pelo investimento, que tem por objetivo realizar ações de prevenção e tratamento da doença pelos próximos cinco anos. O projeto de Controle da Malária será financiado pelo Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária, aprovado em 2008 e que começará a ser executado no próximo ano, segundo o Ministério da Saúde. O repasse será feito em cinco parcelas e representa um incremento de 14% em relação aos investimentos previstos pela pasta para o período.
Fonte: Jornal Correio de Uberlândia, 18/11/2009, pág A9