18 novembro, 2010

Avaliação da Justiça

Justiça recebe avaliação ruim

AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA

Os cidadãos brasileiros não acreditam na honestidade da Justiça nem que haja imparcialidade e rapidez nas decisões. É o que revela um estudo lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a percepção da sociedade em relação aos serviços públicos. A pesquisa tem como objetivo formular
um indicador para avaliar a percepção da população em relação aos serviços prestados pelo Estado.
Numa escala de 0 a 4, a honestidade da Justiça teve média de 1,17. A imparcialidade no tratamento dos cidadãos e a rapidez na decisão dos casos tiveram 1,18. Esses índices ficaram abaixo da média de 2
pontos estabelecida pela pesquisa para essa escala. Também foi avaliada a percepção das pessoas sobre o
custo e a facilidade do acesso à Justiça, que tiveram 1,45 e 1,48, respectivamente, e sobre a dimensão da capacidade de produção de boas decisões e de resolução justa de conflitos (1,60). Quando avaliada de
maneira geral, a Justiça recebeu nota 4,55 numa escala de 0 a 10.
Usando um recorte geográfico, é possível notar diferenças entre as cinco regiões brasileiras. No Norte e no
Centro-Oeste, a Justiça, se avaliada de maneira geral, recebeu nota 5,27 e 5,30, respectivamente,
numa escala de 0 a 10. No Nordeste, a nota foi 4,70; no Sul, 4,26; e no Sudeste, 4,07.
A pesquisa também avaliou a percepção nos casos em que os entrevistados já tiveram processos tramitando
em alguma instância judiciária como proponente da ação ou como réu. As pessoas que tiveram
ações na Justiça como proponentes atribuíram ao serviço nota 3,79. No caso dos réus, a média foi de 4,43. Aqueles que nunca tiveram processo tramitando no Judiciário deram nota 4,86. A escala, nesses casos, varia de 0 a 10.
Foram entrevistadas 2.770 pessoas nas cinco regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 5% e o grau de confiança é de 95%.

PESQUISA

NOTA MÉDIA

Honestidade 1,17

Imparcialidade e

rapidez 1,18

Custo 1,45

Facilidade de acesso 1,48

Boas decisões 1,60

Nota geral 4,55

Nota de proponentes 3,79

Nota de réus 4,43

FONTE: Correio de Uberlândia, 18/11/2010 - página A9

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10 novembro, 2010

Kotler: Uma visão humanizada do marketing e dos negócios


Durante a HSM ExpoManagement 2010, o guru do marketing, Philip Kotler defende a criação um novo patamar para as organizações: o Marketing 3.0. O desafio de fazer mais com menos é compartilhado em qualquer área ou segmento. Como no marketing não é diferente, a autoridade mundial em marketing e autor de 44 livros, Philip Kotler, aborda um novo olhar sobre o Marketing, na abertura do segundo dia da HSM ExpoManagement 2010. Criador de conceitos como marketing social, mega marketing, entre outros, Kotler defende agora um novo patamar no mundo dos negócios: o Marketing 3.0, no qual as companhias realmente compreendem seus clientes e partilham dos mesmos valores. “Nesta fase, a empresa se preocupa com a situação do mundo e quer contribuir para um mundo melhor”, pontua Kotler. O acadêmico abre a palestra avaliando que entre o público presente na HSM ExpoManagement, 70% das empresas estão em um estágio de marketing 1.0, 25% já estão no marketing 2.0 e apenas 5% vivem a realidade 3.0. Mas esta realidade não é exclusiva do Brasil. As práticas de marketing estão evoluindo de forma gradativa.
Considerando que há 60 anos o marketing não existia, Kotler avalia que a mudança do marketing acompanha a evolução dos próprios mercados. Isto porque no passado, havia escassez de produtos, logo não havia a necessidade de uma estrutura de marketing, mas sim um ‘desmarketing’, como o executivo caracteriza, ou seja, era preciso a redução da demanda.
De acordo com Kotler, as empresas que não acreditam no valor de um trabalho sustentável, acabam contribuindo para a sua inviabilidade no longo prazo. “Se negligenciarmos a sustentabilidade, voltaremos a era de escassez. Se não fizermos o que é certo, entraremos na era do ‘desmarketing’”, posiciona-se.
Tendo a visão clara de que o marketing é a ciência de gerenciamento da demanda, Kotler acredita que o modelo tradicional tende a minguar com o tempo. Isto abre espaço para práticas de criação, comunicação e transmissão de valor aos clientes.
“O marketing 1.0 era centrado no produto; o marketing 2.0 era orientado ao cliente e agora o marketing 3.0 é orientado a valores”, explica. Mais do que isso, o professor da Kellog diz que “estamos em uma era em que a cultura da sua empresa é o conjunto de valores que você representa aos seus clientes”.
Mas o executivo alerta que não adianta querer seguir esta nova onda de evolução e partir de uma cultura 1.0 para a 3.0. “Isto é impossível”, desencoraja Kotler. Para sair de um cenário em que mais do que vender, satisfazer e reter clientes, a empresa que deseja fazer um mundo melhor, precisa de uma mudança de comportamento. E um pensamento precisa ficar claro: “Sua empresa vende experiência e não produtos e serviços”, proclama Kotler, como se fosse um mantra.
E para ajudar aos congressistas da HSM ExpoManagement 2010, Kotler lista as 8 características das empresas mais admiradas ao redor do mundo, do livro “A Bolha da Marca”, que analisou 40 mil marcas durante 20 anos. São elas:
1. Alinham os interesses de todos os grupos de stakeholders.
2. Os salários de seus executivos são relativamente modestos.
3. Adotam uma política de “portas abertas” de acesso à alta gerência.
4. A remuneração e os benefícios de seus funcionários são elevados para a categoria; o treinamento de seus funcionários é mais longo; e a rotatividade da mão de obra é menor.
5. Contratam pessoas que têm entusiasmo pelos clientes.
6. Consideram os fornecedores parceiros legítimos, que colaboram para melhorar a produtividade e a qualidade e para reduzir os custos.
7. Acreditam que a cultura corporativa é seu maior ativo e sua principal fonte é a vantagem competitiva.
8. Seus custos de marketing são muito menores que os de outras empresas do setor e, ao mesmo tempo, a satisfação e a retenção de clientes são muito maiores.
Em resumo, Kotler defende que as empresas são amadas, porque seus clientes satisfeitos fazem a publicidade. “Se você cria um caso de amor com seus clientes, eles mesmos se encarregam por fazer a sua publicidade”, conclui.



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08 novembro, 2010

Projeto quer reduzir reserva legal em Mato Grosso

05/11/2010 - 08h31


Projeto quer reduzir reserva legal em Mato Grosso

RODRIGO VARGAS

DE CUIABÁ

A Assembleia de Mato Grosso aprovou um projeto que reduz áreas passíveis de preservação no Estado e diminui o percentual de recomposição de reserva legal.
Aprovado por 19 votos a um, o projeto substitui o zoneamento socioeconômico e ecológico que havia sido proposto pelo ex-governador Blairo Maggi (PR), após três anos de reuniões técnicas e audiências públicas.
O zoneamento estipula uma série de indicações para o uso e a ocupação dos 90 milhões de hectares do Estado.
Em relação à proposta original, aumentam em 67% as áreas destinadas à "intensificação das atividades agropecuárias": de 23 milhões de hectares para 39 milhões de hectares, um acréscimo equivalente ao território do Acre.
As áreas destinadas à criação de unidades de conservação, que no texto anterior chegavam a 5,5 milhões de hectares, caíram 73%. O principal articulador foi o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM). Segundo ele, a versão anterior, que havia recebido o apoio dos ambientalistas, poderia "engessar" o desenvolvimento do Estado. "Manter o texto original seria algo gravíssimo. Áreas já abertas e consolidadas seriam engessadas e teriam, por exemplo, dificuldades em obter financiamento", disse o deputado.
O material aprovado também indica o "plantio da cana-de-açúcar e a produção sucroalcooleira" em áreas já abertas no Estado, excluindo as áreas alagáveis. Segundo ambientalistas, o texto abre caminho para o plantio de cana nas terras altas do Pantanal e na Amazônia.
Outro artigo diz que, para fins de recomposição florestal, o percentual de reserva legal cai de 80% para 50% de cada propriedade rural. O projeto receberá redação final e vai ao governador Silval Barbosa (PMDB) para sanção ou veto. Reeleito no primeiro turno, Barbosa disse que só irá se pronunciar após receber o texto final. De acordo com a diretoria de Zoneamento Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, os zoneamentos estaduais podem prever a redução da reserva legal para fins de recomposição.
A proposta de Mato Grosso, porém, só passa a vigorar após ser submetida à avaliação técnica da CCZEE (Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico), formada por representantes de 15 ministérios.
Por meio de nota, a ONG ICV (Instituto Centro de Vida) disse que o zoneamento de MT "contradiz os compromissos assumidos perante a comunidade internacional, que preveem a redução do desmatamento e a promoção da agricultura de baixas emissões de carbono". Um manifesto assinado por 27 entidades, entre elas o Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), será entregue hoje ao governador Silval Barbosa. O documento pede o veto integral ao projeto aprovado pelos deputados. "A versão atual apresenta inconsistências técnicas, além de desperdiçar um grande orçamento já destinado aos seus estudos."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/825892-projeto-quer-reduzir-reserva-legal-em-mato-grosso.shtml

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