O QUE PRIORIZAR: QUALIDADE OU DISPONIBILIDADE HÍDRICA PARA FINS DE IRRIGAÇÃO
A irrigação durantes muitos anos deixou de ser um luxo e se tornou uma necessidade
Com o crescimentos das áreas irrigadas, cresceu também as preocupações voltadas para o setor
Agricultura irrigada Fonte: Geografia
A disponibilidade hídrica sempre foi vista como prioridade pelos irrigantes, porém, a qualidade hídrica tem ganhado destaque devido ao seu poder de causar obstrução aos sistemas de irrigação.
Santos (2012) apresenta em seus trabalho quais são os principais usos e ocupação do solo que favorecem na deterioração qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos para fins de irrigação.
O desfecho do trabalho consiste em aspectos importantes que possam minimizar os impactos aos mananciais, assegurando assim uma boa qualidade e disponibilidade hídrica.
Confira o resumo do trabalho: O Brasil possui um grande potencial
hídrico, porém, apresenta deficiência em termos de monitoramento qualitativo e
quantitativo das águas e conhecimento do entorno que possam acarretar em
impactos ambientais. Assim, este trabalho teve como propósito apresentar o
monitoramento qualitativo e quantitativo das águas para fins de irrigação e as
influências ocasionadas pelo uso e ocupação do solo na microbacia do córrego do
Ipê, município de Ilha Solteira, noroeste do Estado de São Paulo. Determinou-se
o uso e ocupação do solo nos anos de 1978 e 2011 a partir de fotografias aéreas
e por fusão de imagens de satélite CBERS 2B HRC e Landsat-5, respectivamente.
Os períodos de análise qualitativos das águas foram realizados de 2006 a 2011 e
quantitativo de 2009 a 2011. Foram georreferenciado quatro pontos de
monitoramento na microbacia. Para constatar as influências utilizou-se a
correlação de Pearson. A microbacia apresentou drástica mudança de uso e
ocupação do solo, sendo o predomínio da pastagem dando lugar a cultura da
cana-de-açúcar, que em ambas as análises obteve-se mais de 62% das áreas de
preservação permanente em conflito com uso antrópico. O ferro total foi o
parâmetro que apresentou maior poder de geração de danos aos sistemas de
irrigação e os coliformes fecais e totais apresentaram valores preocupantes,
principalmente nos pontos 3 e 4 de monitoramento, influenciando o desempenho
dos sistemas de irrigação e impactando no consumo e em alimentos in natura. O manancial apresentou disponibilidade
hídrica acima da Q7,10 durante todo o período de monitoramento. As reduzidas
áreas de preservação permanente, a má conservação do solo e a expansão
desordenada das áreas urbanas resultaram na deterioração da qualidade e
disponibilidade hídrica, gerando impactos sócio-econômico e ambiental a região,
uma vez que parte da microbacia é áreas de interesse estratégico para a
expansão urbana prevista pelo Plano Diretor Municipal e ao mesmo tempo
potencial de crescimento da agricultura irrigada.
Demais informações pertinentes ao assunto podem ser obtidas através da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira.
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