29 outubro, 2014

Novas pesquisas sobre agricultura são apresentadas em Congresso realizado no México

De 6 a 10 de outubro o gurinhatãense Gilmar Oliveira Santos participou do XI Congresso de Engenharia Agrícola da América Latina e Caribe que foi realizado na cidade de Cancún, México.
O evento teve por objetivo reunir pesquisadores e pessoas a fins do setor agrícola em busca de discussão de resultados, propostas e alternativas sustentáveis para a produção de alimentos, pecuária, silvicultura e área agro-industrial, com práticas avançadas e mais eficientes.
Gilmar Oliveira é Engenheiro Ambiental e Doutorando em Agronomia pela UNESP Campus Jaboticabal, que participou do Congresso apresentando três trabalhos que vem sendo desenvolvido e são financiados pela FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. “Com a redução das chuvas e consequentemente da oferta de água dos mananciais, em um futuro próximo, teremos de adotar alternativas para continuar produzindo alimentos em larga escala. Portanto, minha pesquisa consiste na avaliação do potencial de reuso de águas residuárias (efluente de esgoto tratado) na agricultura em culturas de consumo indireto, como no caso a Brachiaria brizantha (forrageira destinada a alimentação animal), assim, podemos aumentar a área irrigada com menor captação de água nobre e reduzir custos com fertilizantes químicos, além de amenizar os impactos no meio ambiente. Resultados preliminares apresentados no evento, demonstraram que o uso de efluente de esgoto tratado proporciona aumento quantitativo e qualitativo da forragem e melhorias no solo, ou seja, fértil por mais tempo”. Conclui Gilmar.
Neste ano o pesquisador Gilmar Oliveira apresentou estudos em Zurich, na Suíça na International Conferece of Agricultura Engineering , além de alguns eventos nacionais como INOVAGRI – International Meeting, realizado em Fortaleza e o CONBEA – Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, em Campo Grande.

O pesquisador possui ainda livro publicado na sobre Manejo agrícola e ambiental para conservação da água e do solo (Editora Funep) e um software (Sistema para manejo da agricultura irrigada – SMAI 1.0) para realizar o manejo da irrigação (Disponível em: http://clima.feis.unesp.br/smai), onde auxilia o produtor em se aplicar a quantidade de água correta no momento certo.

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17 outubro, 2014

Impacto de remédios na natureza faz peixes machos ficarem femininos

  • BBC
  • Thinkstock
    Características femininas em peixes machos foram notadas pela primeira vez nos anos 90
    Características femininas em peixes machos foram notadas pela primeira vez nos anos 90
Nós, seres humanos, tomamos paracetamol para dor de cabeça, contraceptivos para evitar a gravidez e Prozac para a depressão.
Mas para onde vão os resíduos destas substâncias uma vez cumprida a sua função?
O corpo humano elimina muitos dos medicamentos que ingerimos através da urina. A urina vai para os esgotos e, depois de atravessar um sistema imperfeito de purificação, os resíduos desembocam nos rios que alimentam o planeta.
Embora as concentrações de drogas na água sejam baixas, as consequências destas para os ecossistemas não deixam de ser preocupantes: desde peixes machos que adquirem características femininas até aves selvagens que perdem a vontade de comer, além de populações inteiras de peixes e outros organismos aquáticos dizimadas.
Diversos estudos sobre o impacto da poluição farmacêutica sobre a vida selvagem apontam que o uso crescente de drogas projetadas para serem biologicamente ativas em baixas doses pode estar causando uma crise global da vida selvagem.
"As populações de muitas espécies que vivem em paisagens alteradas pelo homem estão encolhendo por razões que não podemos explicar completamente", disse a pesquisadora Kathryn Arnold, da Universidade de York, na Inglaterra.
"Acreditamos que é hora de explorar novas áreas, como a poluição farmacêutica."

Machos femininos

Para os seres humanos, no entanto, a presença de drogas em baixa concentração na água não é um problema: seria necessário tomar entre 10 milhões e 20 milhões de litros de água da torneira para ingerir medicação suficiente para, digamos, aliviar uma dor de cabeça.
No caso dos peixes, a história é outra.
O biólogo John Stumper, da universidade britânica de Brunel, foi um dos primeiros a estudar os peixes machos com características femininas descobertos na década de 90.
"A primeira coisa que descobrimos foi que havia muitos peixes nos rios que tinham proteína do sangue que é comumente conhecida como a gema. A síntese desta proteína no fígado é controlada pelo (hormônio) estrogênio", disse a Stumper à BBC.
Ele explica que mesmo os peixes machos - que não produzem quantidades significativas de estrogênio e, portanto, não têm gema - apresentavam uma alta concentração dessa proteína. "Especialmente aqueles que habitavam os rios perto de uma estação de tratamento ", notou Stumper.
"Uma vez que eram os machos que estavam se tornando mais femininos e não o contrário (fêmeas adotando características mais masculinas), achamos que a causa poderia ser o estrogênio."
Stumper estava certo: estudos posteriores confirmaram que essas mudanças estavam relacionadas à presença de resíduos de contraceptivos na água.
"Em nível molecular, os peixes são extremamente semelhantes a nós", disse o biólogo. Assim, quase todos os fármacos para seres humanos têm um efeito sobre os peixes.

Impactos

De acordo com um relatório da Agência Federal Ambiental da Alemanha, as drogas para os seres humanos que mais causam desequilíbrios ambientais são os hormônios, antibióticos, analgésicos, antidepressivos e drogas para combater o câncer.
Entre os medicamentos veterinários, o relatório destaca os hormônios, antibióticos e parasiticidas.
Assim como os hormônios sexuais sintéticos, os antidepressivos se dissolvem em gordura, não na água. Por isso, podem entrar na corrente sanguínea dos organismos expostos à água contaminada.
Um estudo de Kathryn Arnold que deve ser publicado no fim deste mês sugere que este fator está afetando o comportamento e a capacidade dos estorninhos, um tipo de pássaro, de se alimentar.
Arnold e colegas da Universidade de York analisaram como o Prozac impacta essas aves, que se alimentam de lagartas, vermes e moscas em áreas próximas a estações de tratamento de resíduos.
Estes organismos, por sua vez, se alimentam de alimentos encontrados na área - em geral, contendo altos níveis de fármacos, principalmente Prozac.
"No inverno, as aves tendem a consumir um bom café da manhã, beliscar ao longo do dia e comer bem antes de escurecer", disse a pesquisadora.
Sob o efeito do antidepressivo, elas não faziam isso: em vez de duas grandes refeições, elas comiam esporadicamente ao longo do dia e, no cômputo geral, comiam menos.
"Esse comportamento pode afetar o seu peso, os riscos que decidem correr ou não para obter alimentos e como se socializam", afirma a cientista.
"São variações pequenas e sutis mudanças que vão se somando e, no fim, podem comprometer a sobrevivência de uma espécie."

Uso excessivo?

Se o problema tem origem na água de resíduos, talvez a solução passe por reduzir a presença de farmacêuticos que vai parar em rios e córregos.
Pode-se, por exemplo, desenvolver métodos mais eficientes de tratamento da água. Mas esta pode ser uma solução cara e gerar um gasto de energia muito elevado.
Ole Phal, professor da Universidade de Glasgow Caledonian, defende uma abordagem que inclua uma discussão sobre a produção e o uso de medicamentos.
"Estamos tomando (medicamentos) demais? Estamos utilizando-os corretamente? Existe alguma maneira de se desfazer deles que seja mais benéfica para o meio ambiente?", questiona Phal.
"Precisamos refletir sobre o nosso uso de drogas farmacêuticas."

Fonte: www.uol.com.br

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14 outubro, 2014

Ministério da Saúde e ANS anunciam medidas de incentivo ao parto normal

A mudança do modelo de atenção à saúde da mulher foi defendida pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao anunciar medidas de redução de cesarianas desnecessárias entre consumidoras de planos de saúde no País. Também foram anunciadas ações de promoção do parto normal. Hoje, no Brasil, 84% dos partos realizados pela rede privada de saúde são cesarianas. Entre as pacientes doSUS este índice alcança os 40%.
“O parto não pode ser visto como uma questão de consumo, é uma questão de saúde pública. As taxas de cesarianas no Brasil são inaceitáveis”, enfatizou o ministro em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na manhã desta terça-feira (14), em Brasília.
Entre as iniciativas detalhadas estão a abertura de consulta pública, a partir desta quarta-feira (15), para colher sugestões da sociedade civil e dos conselhos de saúde para definição de nova norma da ANS que regulamente o procedimento e a ampliação do acesso à informação pelas beneficiárias, que poderão solicitar taxas de cesáreas e de partos normais por estabelecimento de saúde e por médico – independentemente de estarem grávidas ou não.
Além disso, o ministério defendeu o estímulo a uma nova formação dos profissionais e mudanças no modelo de atenção dentro dos hospitais com treinamento de equipes, envolvimento e participação de profissionais de enfermagem.
A ANS reforçou ainda a necessidade de uma maior exigência em relação ao uso dos chamados partogramas pelos médicos. Esses documentos – uma espécie de relatório detalhado em que é possível avaliar a evolução da gravidez e condições de trabalho de parto das mulheres – devem funcionar como importante ferramenta de gestão para operadoras, além de passar a ser parte integrante do processo para o pagamento do parto. Por meio dessa documentação, operadoras de planos de saúde conseguem ter um maior controle sobre a necessidade real da realização das cesáreas.
Para o presidente da ANS, André Longo, a humanização do ambiente hospitalar é fundamental para reverter o número de cesáreas no Brasil. Segundo ele, hospitais precisam estar preparados para realização dos partos normais. De acordo com Longo, as cesarianas desnecessárias são responsáveis por maiores índices de mortalidade materna, sobretudo por infecções e hemorragias, além de maiores complicações para bebês, como o alto índice de prematuridade.
“A cesariana é uma conquista científica, mas não podemos ter este excesso. A escolha do modelo de parto é, fundamentalmente, uma questão de saúde, e deve estar condicionada ao que for mais adequado para cada caso e ao que for mais seguro para a mãe e o bebê”, destacou a gerente de Atenção à Saúde da ANS, Karla Coelho.
Riscos da cesariana
A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados à prematuridade. (grifo nosso)

Fonte:http://blog.planalto.gov.br/ministerio-da-saude-e-ans-anunciam-medidas-de-incentivo-ao-parto-normal/

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08 outubro, 2014

Brasilidade: Pesquisador cria exame de sangue mais rápido e barato que os tradicionais

O pesquisador Wendell Coltro está criando, na Universidade Federal de Goiás (UFG), um novo tipo de exame de sangue e urina que pode mudar o dia a dia de milhares de pessoas. O teste pesquisado pelo professor é mais rápido e custa menos que R$ 1. Com base em materiais baratos como papel e um carimbo de metal, Wendell criou um exame com alta confiabilidade que pode detectar até a Dengue. Pela pesquisa, ele recebeu diversos prêmios e foi considerado um dos dez brasileiros mais inovadores pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
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Wendell Coltro (quarto em pé da esquerda p/ direita) e alunos. Clique na imagem e confira a entrevista, na íntegra, no Tumblr do Palácio do Planalto. Foto: Arquivo pessoal.
“Uma das grandes vantagens, sem dúvidas, é o tempo de análise. Dependendo do ensaio, a rapidez pode ser interessante para auxiliar o médico ou uma equipe médica a tomar uma decisão de intervenção cirúrgica ou mudança em um tratamento específico. Por exemplo, nas unidades médicas móveis um kit contendo esses produtos poderia ser rapidamente utilizado para acessar o estado clínico do paciente no caminho até o hospital”, diz Wendell.
Fonte: http://blog.planalto.gov.br/brasilidade-pesquisador-cria-exame-de-sangue-mais-rapido-e-barato-que-os-tradicionais/

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