27 novembro, 2014

Checar mensagens no seu celular pode ser mais perigoso do que você imagina

Você passa muito tempo checando as mensagens que chegam em seu celular? Pois esse hábito é prejudicial à saúde e pode causar danos irreversíveis à coluna, aponta estudo feito nos EUA. A posição com a cabeça inclinada para frente - comum para quem checa o celular - causa muita pressão na coluna cervical.

"O peso verificado pela coluna dramaticamente aumenta ao que o pescoço é flexionado em seus diversos ângulos. Perda da curvatura natural da cervical leva a pressão gradualmente superior, e isso pode levar a desgaste, ruptura, atrofia precoces e possivelmente cirurgia", afirma Kenneth K. Hansraj, autor da pesquisa.
Reprodução

Caso a inclinação da cabeça para frente atinja os 60º, a pessoa pode exercer até 27,2kg sobre a cervical, fazendo com que a coluna sofra danos diários que podem acabar com em uma lesão séria. 

"Enquanto é praticamente impossível evitar as tecnologias que causam esse problema, as pessoas deveriam fazer um esforço para olhar seus celulares com uma cervical neutra e evitar gastar horas torto", alerta o pesquisador.
Fonte: br.noticias.yahoo.com

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14 novembro, 2014

Além da água

A crise hídrica que assola a região sudeste é um problema de alta complexidade e gravidade  que a população em geral desconhece e acredito que não vão conseguir entender na teoria, só vão “acreditar” quando abrirem suas torneiras e não sair água, daí vão questionar o sistema, “mas a conta de água está paga em dia, o que está acontecendo?” Vêm a resposta: Está acontecendo que não existe o recurso, e este é insubstituível. Faça a experiência, fique um dia sem beber água, você consegue?
Mas neste texto quero enfatizar o quanto o recurso hídrico é mal utilizado, talvez seja pelo motivo de ser um recurso barato, por exemplo, da minha residência o DMAE cobra menos de R$1,00 por 1.000 litros de água tratada, que também é um valor aproximado ao cobrado pela SAE (Superintendência de Água e Esgoto – Ituiutaba) e COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). 
Com a escassez de água o DMAE evidenciou um sensível programa de redução do desperdício, o Uberdenúncias, com o intuito de receber denúncias de pessoas que estão utilizando a água de maneira irracional, mas o número, por exemplo só recebe ligações de telefone fixo. Sem comentários. Outra recomendação na lista do órgão para economizar água e tomar banho em no máximo 15 minutos, eu recomendaria no máximo 5 minutos, e mesmo assim que desligassem o chuveiro enquanto se ensaboam.
Adicionar legenda
Mas o grande problema com a escassez hídrica não é somente porque as pessoas lavam calçadas ou tomam banhos demorados, considero que o maior problema é o uso irracional de recursos que dependem de água como matéria prima. De acordo com a SABESP, são necessários: 5,5 lts de água para produzir 1 lt de cerveja, 2.500 lts de água para produzir 1 kg de arroz, 18.000 lts de água para produzir 1 kg de manteiga, 712,5 lts de água para produzir 1 kg de leite, 5.280 para produzir 1 kg de queijo, 132,5 lts de água, para produzir 1 kg de batata, 17.100 para produzir 1 kg de carne de boi, 499 lts de água para produzir 1 kg de banana e 3.700 lts de água para produzir 1 kg de frango.
Esses números são altos e ignorados, vendem-se a ideia que a única forma de gastar água e pela torneira, mas este entendimento é errado, não só pela torneira, mas o desperdício pode ocorrer por outras formas de consumo.
É considerando que nossa região já vivi o caos hídricos, a forma de consumo deve ser de acordo com os 4 R’s da sustentabilidade: reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. Essa ação deve ser imediata, em tudo.
É real o fato que é impossível zero impacto no meio ambiente, portanto medidas que minimizem ao máximo o uso de recursos e que elevem a eficiência, é possível.
Assim como a terra, a água possui sua função social, por isso deve ser utilizada com responsabilidade e eficiência.
E como consequências do desabastecimento, industrias podem ser paralisadas, problemas de saúde poderão ocorrer com maior frequência, além da obrigatoriedade nas mudanças de hábitos.

Duílio Júlio Oliveira Santos

Mestre em Ciências Ambientais

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02 novembro, 2014


01 novembro, 2014

Estudo relaciona seca do Sudeste a desmatamento da Amazônia

A redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes

De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo (Luciana Gatti / Ipen/VEJA)
Uma nova pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relaciona a seca que atinge o Sudeste, especialmente São Paulo, com o desmatamento da Amazônia. Realizada pelo biogeoquímico Antônio Nobre, a revisão de literatura sobre o assunto mostra que a redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes. De acordo com o relatório, intitulado O Futuro Climático da Amazônia, esta é “a razão de a porção meridional da América do Sul, a leste dos Andes, não ser desértica, como nas áreas de mesma latitude a oeste e em outros continentes”. 
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo. "Já foram destruídas pelo menos 42 bilhões de árvores na Amazônia. Em 40 anos, foram cerca de 2 mil árvores por minuto. Os danos dessa devastação já são sentidos, tanto no clima da Amazônia – que tem sua estação seca aumentando a cada ano – quanto a milhares de quilômetros dali", disse Nobre.
Segundo ele, a floresta mantém úmido o ar em movimento, levando chuvas para regiões internas do continente. "O ar úmido é exportado para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul do Brasil, por rios aéreos de vapor, mais caudalosos do que o Rio Amazonas. Sem isso, o clima nessas regiões se tornará quase desértico. Atividades humanas como a agricultura entrarão em colapso", declarou.
Nobre explicou que a Amazônia regula o clima do continente graças à capacidade da floresta de transferir 20 trilhões de litros d’água por dia para a atmosfera. Segundo ele, a transpiração das árvores, combinada à condensação vigorosa na formação de nuvens de chuva, rebaixa a pressão atmosférica sobre a floresta. Com isso, ela "suga" o ar úmido do oceano para o continente, mantendo as chuvas em qualquer circunstância. "Isso explica por que não temos desertos nem furacões a leste dos Andes. Pelo menos até agora, porque se continuarmos derrubando a floresta, o fluxo se inverterá: o oceano é que sugará a umidade da Amazônia. Assim, poderemos ter no continente um cenário semelhante ao da Austrália, com grandes desertos e uma franja úmida próxima do mar", afirma o pesquisador. 
Esforços – De acordo com Nobre, o esforço para zerar o desmatamento é insuficiente, já que é preciso também confrontar o desmatamento acumulado e dar início a um processo de recuperação do que já foi destruído. “É preciso plantar árvores em todos os lugares, e não só na Amazônia”, ressaltou, lembrando que não podem ser plantados somente eucaliptos, como ocorre atualmente, já que esta não é a espécie mais indicada para trazer chuva.
Para ele, o governo tem uma grande tarefa a realizar e esse trabalho deve ser feito em conjunto com o Ministério Público, a Justiça, as organizações não governamentais (ONGs) e, principalmente, os cientistas, repetindo algo que foi feito após 2004, quando o Brasil alcançou o pico de área desmatada (27,7 mil km²) “É possível fazer acordos e todos os setores serem beneficiados”, afirmou.
Apesar de o desmatamento ter caído nos últimos anos, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, afirmou Cláudio Amarante, da ONG WWF Brasil. “Pelos dados que temos hoje, por tudo o que reduziu, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, embora dependa de como isso é medido. O Brasil tem dez anos de redução de desmatamento, mas os países andino-amazônicos vêm em processo contrário: há um crescimento do desmatamento. Após o Brasil, vêm a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela e o Equador.”
De acordo com Amarante, o controle do desmatamento no Brasil está entrando agora em sua fase mais difícil: a de combate às pequenas manchas de desmatamento, pouco visíveis por satélites. “Até agora, foi possível conter o desmatamento mais flagrantemente ilegal, das áreas maiores e de maior detecção. Agora vamos ter que combater as pequenas manchas de desmatamento e as feitas por pequenas propriedades ou assentamentos”, afirmou.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
Fonte: www.veja.com.br

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