18 dezembro, 2010

1ª CURA DA AIDS

O homem que derrotou a aids

Conheça o hematologista alemão Gero Huetter, responsável pela primeira cura de um paciente com HIV

"Ele está curado da aids. Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele."


Em 1995, o executivo americano Timothy Ray Brown contraiu aids. Foi também nesse ano que Gero Huetter, então graduando da Universidade de Berlim, decidiu entrar para o ramo da pesquisa médica. As duas histórias se cruzariam em maio de 2006, quando Brown, que também sofria de um tipo agressivo de leucemia, abriu a porta do consultório com a placa: “Dr. Gero Huetter, hematologista”.
Brown estava magro, emaciado e com alguns órgãos já severamente comprometidos. Mas Huetter se lembra de notar no paciente, já nesse primeiro encontro, uma energia e um otimismo acima do comum. Optou, então, por submeter Brown a uma terapia que envolvia quimioterapia e transplante de medula. Mas um transplante especial: o doador da medula deveria possuir uma mutação rara, que eliminava de suas células a proteína CCR5, que permite a entrada do HIV nas células de defesa do organismo. Havia uma possibilidade teórica de que o tratamento destinado à leucemia pudesse ter algum impacto sobre a aids. "Eu não esperava muito da experiência", diz Huetter. "Ela nunca havia sido feita antes, nem mesmo em animais."
Neste mês, após dois transplantes de medula e três anos sem qualquer sinal de HIV no organismo de Brown, o médico anunciou o que parecia estar fora do horizonte médico: a cura de um paciente de aids. Embora esse sucesso em particular não signifique a cura da aids em geral, ela mostra que o HIV pode ser derrotado. Em entrevista ao site de VEJA, Huetter, 42 anos, conta detalhes da pesquisa, comenta o estado do paciente e as expectativas de cura para outras vítimas de HIV.
Como você se sente sendo o primeira médico a curar a aids no mundo? É um sentimento agradável. Foi um trabalho duro colocar todas as peças juntas, mas no final foi um sucesso.
O que permite dizer que o paciente está curado da aids? Não encontramos nenhum sinal de HIV nele. Normalmente, pacientes infectados por muito tempo possuem HIV integrado ao seu genoma. Nem isso encontramos nele. Todas as suas células infectadas foram substituídas pelas células do doador.
Como você conheceu Brown? Ele era um paciente meu desde maio de 2006. Estava muito enfraquecido e com uma leucemia muito severa. Naquele momento, sem tratamento, esperava-se que ele vivesse apenas alguns meses. Com um tratamento convencional, sem transplante, tinha uma chance de 10 a 15% de remissão por um período curto, até a leucemia voltar. A única esperança real de vida para ele era um transplante de medula. Ele era jovem, tinha uns 40 anos na época, então tinha o melhor prognóstico para esse procedimento. Decidimos, então, que o melhor para ele, seria escolher um doador com a mutação do CCR5. A CCR5 é a proteína que permite a entrada do HIV nas células de defesa do nosso organismo. Sem ela, o vírus fica impossibilitado de nos infectar. Cerca de 1% da população mundial possui uma mutação que elimina o CCR5 das células.
Será possível replicar o tratamento em outras pessoas com HIV? Depois de publicar um artigo científico com nossos primeiros resultados, em 2008, recebemos consultas de pacientes de todo o mundo, que sofrem de leucemia e HIV. Para oito deles, fizemos uma busca de doadores compatíveis. Alguns tinham apenas dois doadores, então a probabilidade de encontrar a mutação era muito baixa. Outros morreram antes de o transplante ser feito. E o paciente mais promissor, uma criança, com mais de 100 possíveis doadores, não pode ser curada por esse método porque nenhum deles tinha essa mutação. Algumas vezes as estatísticas falham com você. Agora estamos esperando outros contatos, de outras instituições e hospitais. Qualquer um que se encaixe nessas condições - ser soropositivo e vítima de leucemia - pode falar comigo e eu providenciarei a busca de doadores.
Essa pesquisa pode evoluir para uma cura geral? Sim. Mesmo antes que eu fizesse esse transplante, alguns pesquisadores estudavam a possibilidade de uma terapia genética ou uma medicação para o HIV que bloqueasse essa proteína, imitando a mutação. Agora existe investimento e interesse suficiente nessa linha de pesquisa, e pode ser que ela traga resultado.
Você esperava curar a aids ou foi um feliz acidente? Uma mistura dos dois, na verdade. Eu nunca tinha tentado nenhuma pesquisa com HIV antes disso. Sou um hematologista e trato pacientes com câncer, mas surgiu para mim esse paciente que tinha leucemia e HIV. Foi o momento em que comecei a pensar nessa abordagem. Sabia que havia uma pequena chance de curar a aids, mas não esperava muito da experiência, já que nunca havia sido tentada antes, nem mesmo em animais. Não tínhamos nada a que nos apegar.
Como foi o tratamento? Durante as primeiras sessões de quimioterapia, tivemos muitos problemas, incluindo falha de alguns órgãos. A leucemia é muito agressiva e diversos pacientes morrem nas primeiras três ou quatro semanas de tratamento. Não bastasse isso, Brown era soropositivo, com todos os riscos e problemas que isso acarreta.
Ele sofreu com algum efeito colateral? Sim. No segundo transplante, tivemos uma série de complicações. Ele ainda sofre com elas, especialmente as consequências cerebrais. Ele tem dificuldades de lembrar coisas que acabaram de acontecer. Não acontecimentos de cinco anos ou cinco meses atrás, mas de cinco minutos. Como “onde eu estava indo?” ou “onde deixei minhas chaves?”.
Ele voltará a ter uma vida normal? Sim, uma vida bem normal. Não tem mais restrições. Ele mudou-se para São Francisco, não sabe se em definitivo. Ainda não está trabalhando, mas esperamos que vá se livrar de boa parte dos efeitos colaterais nos próximos anos e voltar à sua rotina. Provavelmente, não fazendo exatamente as mesmas coisas que fazia antes, mas ele encontrará um jeito de trabalhar.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/o-homem-que-derrotou-a-aids

COMENTÁRIO
A humanidade sofre muito, isso desde os tempos remotos. Mas acredito que a solução para todos os problemas existem. Salvo que nunca serão colocados em prática, por interesses pessoais, por incompetência, por má vontande, entre outros.
Essa matéria nos traz que um simples médico sem muito aparato tecnólogico fez o que fez, enquanto que governos e empresas gastam fortunas em pesquisas e NADA.

Comuns e Medíocres

A mediocridade é o estado geral da humanidade como ela está. Uma pessoa medíocre é como uma árvore que tem as raízes continuamente cortadas para não poder crescer. A pessoa comum é a pessoa natural. A natureza não produz pessoas especiais. Ela produz pessoas únicas, mas não especiais. Todo mundo é único à sua própria maneira.
Quando falo sobre ser comum, estou descartando a idéia de ser extraordinário, que é o que mantém você medíocre. Ser comum é a coisa mais extraordinária deste mundo. Basta olhar para você. Dói muito, é doloroso aceitar que você não é extraordinário. Então observe o que acontece quando você aceita a idéia de que é comum. Um grande peso sai dos seus ombros. De repente, você está num espaço aberto, natural, simplesmente do jeito que você é. A pessoa comum tem uma singularidade, simplicidade, humildade. Por causa dessa simplicidade, dessa humildade, dessa singularidade, ela se torna realmente extraordinária, embora nem faça idéia disso.
As pessoas que são humildes e simplesmente aceitam que são tão comuns quanto todo mundo – você vê um brilho nos olhos delas. Elas têm graça nos movimentos. Você não as verá competindo, não as verá trapaceando. Não as verá traindo ninguém. Elas não são contraditórias. Não são hipócritas.
E quem é a pessoa que se acredita extraordinária? Aquela que sofre de um enorme complexo de inferioridade. Para encobri-lo, ela projeta simplesmente a idéia oposta. Mas só está enganando a si mesma; ela não engana mais ninguém.
As pessoas medíocres têm um problema. Elas não toleram que ninguém seja melhor do que elas, pois isso destrói sua ilusão de que são extraordinárias. Mas ninguém pode tirar de você a sua condição de pessoa comum. Isso é algo que não é uma projeção, mas uma realidade.
Se quer viver de modo autentico e sincero, então seja simplesmente comum. Então ninguém pode competir com você. Você fica de fora da corrida da competição, que é destrutiva. De repente você é livre para viver. Tem tempo para viver. Pode rir, pode cantar, pode dançar. Mas a mente medíocre não tem capacidade entender. Envelhecer, todo animal envelhece. Crescer é algo que só os seres humanos podem fazer. E o primeiro passo é apenas aceitar a sua simplicidade, a humildade.

(Extraído de O livro da sua vida, de Osho, Ed. Cultrix, In http://www.primeiroprograma.com.br/)

03 dezembro, 2010

O começo do fim da farra do crédito

O Brasil, nos últimos anos está vivendo o período da farra do crédito, em todos os setores da economia. Chegamos ao ponto do cliente ser valorizado quando faz uma compra à prazo, e literalmente desprezado quando evidencia a intenção de pagar à vista.
Mas a bem planejada política econômica do Brasil, não quis repertir os erros da potência USA, e resolveu coibir a farra, impondo novas regras para a concessão de crédito para a compra de veículos.
Pela nova regra, será exigido pelas financeiras uma entrada de pelo menos 20% nos financiamentos entre 24 e 36 meses para carros novos ou usados.
Já nos parcelamentos entre 36 e 48 meses, a entrada sobe para 30%. Entre 48 e 60 meses, para 40%.
E nas de veículos com prazo superior a 60 meses as restrições seram maiores, independentemente da entrada.
Outro ponto que o governo também alterou, foi o depósito compulsório dos bancos, passando de 11 para 16,5%. Resumindo a disponibilidade de moeda para empréstimo.
Se você pretende financiar um veículo, corra, as medidas começam a vale segunda-feira, dia 06/12
Por enquanto, não vai haver alterações em outras linhas de crédito (imobiliário, rural, etc), mas sabe se lá até quando.
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