Combustível
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, defendeu na noite de ontem que se pague mais caro pela gasolina para proporcionar à Petrobras recursos para investir no aumento da produção de petróleo.
Para Dirceu, o preço da gasolina no país poderia ser mais barato, mas o custo mais alto garantiu, por exemplo, a descoberta do pré-sal.
"A gasolina não é tão alta, se comparada a preços internacionais. Nós podemos vender mais barato, mas aí não podemos fazer esse esforço tecnológico que estamos fazendo. Não teríamos esse petróleo que temos, seríamos dependentes de importação de petróleo", afirmou, em palestra na Brasil Offshore, em Macaé, a 180 quilômetros do Rio.
Dirceu disse que a "sociedade está fazendo um sacrifício" ao pagar mais caro pela gasolina. O retorno, frisou, acontece à medida em que o país reduz a dependência de petróleo do exterior.
"Não houvesse esse preço, não teríamos descoberto o pré-sal e seríamos dependentes de importar petróleo. Não há coisa pior", observou.
NUCLEAR
A construção de usinas nucleares no país deve ser revista, opinou Dirceu. Ele admitiu que já foi defensor do uso dessa fonte energética, mas que revisou conceitos após o acidente na usina de Fukushima, no Japão.
"Essa questão nuclear nós temos que parar para repensar. Eu era favorável. Defendi, inclusive em artigo. No governo sempre atuei a favor. Mas eu acho que preciso parar. Pelo menos fazer uma moratória para repensar isso".
Para o ex-ministro, nenhum país do mundo equacionou problemas relativos à segurança nas usinas nucleares. Acrescentou que o custo dessa energia "nem é tão barato assim".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/931248-dirceu-defende-gasolina-mais-cara-para-garantir-recursos-para-o-pre-sal.shtml
UNICA vê avanço histórico em decisão do Senado dos EUA contra tarifa sobre etanol
A decisão do Senado dos Estados Unidos desta quinta-feira (16/06), que aprovou por 73 votos a favor e 27 contra uma emenda que elimina subsídios e a elevada tarifa de importação sobre o etanol, é um passo extraordinário na direção correta, que é a eliminação total do protecionismo que vigora na indústria americana de etanol há mais de 30 anos. A avaliação é do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Marcos Jank.
“O que assistimos hoje é uma primeira e importante vitória, embora não possamos ainda afirmar que ganhamos a guerra. Não há dúvidas que se trata de um grande avanço em direção a um mercado mais livre para os biocombustíveis no mundo, particularmente o etanol produzido a partir de cana-de-açúcar,” afirma Jank. Para se tornar lei, a emenda ainda necessita da aprovação na Câmara dos Deputados dos EUA e da sanção final do presidente Barack Obama.
Segundo Jank, a decisão de hoje deve ser comemorada tanto pelo setor sucroenergético quanto pelo governo, já que ambos investiram fortemente ao longo de anos na proposta de consolidação do etanol como commodity internacional. “A UNICA vem desenvolvendo intensa campanha de comunicação e lobby através de seus escritórios no exterior, divulgando o etanol brasileiro inclusive em ações que tem como parceira a APEX-Brasil. Sem dúvida, depois do reconhecimento do etanol de cana como biocombustível avançado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), a batalha de hoje foi a novidade mais importante que tivemos até aqui,” comenta Jank.
Jank lembra que uma eventual abertura do mercado dos Estados Unidos para o etanol brasileiro ainda deve levar um bom tempo para se concretizar. “Podemos perfeitamente planejar nosso crescimento para atender as oportunidades de mercado que vão surgir ao longo desta década, tanto dentro quanto fora do Brasil. Neste momento, nossa prioridade continuará sendo o abastecimento do mercado doméstico, para atender o crescimento acelerado de demanda, puxada pela ampliação da frota de carros flex,” concluiu o presidente da UNICA.
A emenda ao Projeto de Lei aprovada nesta quinta-feira, de autoria do senador Tom Coburn (Republicano, de Oklahoma) e da senadora Dianne Feinstein (Democrata, da Califórnia) prevê a eliminação do subsídio concedido para a mistura de etanol de milho à gasolina (US$ 0,45 por galão) e da tarifa de US$ 0,54 por galão (US$ 0,14 por litro) imposta sobre o etanol importado, o que tira a competitividade do etanol brasileiro no mercado americano. Somados, os apoios ao etanol nos EUA custam aos cofres americanos US$ 6 bilhões por ano.
Fonte: http://www.unica.com.br/noticias/show.asp?nwsCode={5B7B7A4A-B370-44EC-9271-73B6D43D931B}
Sem comentários