31 agosto, 2019

Novo canal de comunicação

04 agosto, 2017

Site que apresenta o nível da poluição atmosférica da Terra

O site mostra informações sobre a poluição atmosférica em tempo real, evidenciando os lugares mais poluídos e até onde a poluição pode chegar, devido a corrente de ar.

Mais informações »

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20 fevereiro, 2017

Barato medicamento chinês contra câncer de pulmão entra no mercado chinês

Jinan, 20 fev (Xinhua) -- Um medicamento genérico anticâncer fabricado por uma farmacêutica chinesa chegou ao mercado no fim de semana.
O novo medicamento com a substância ativa gefitinib, cujo nome comercial chinês é Yiruike, foi produzido pela Qilu Pharmaceutical (Qilu). O lançamento acaba um monopólio de quase dez anos do Iressa, da britânica AstraZeneca e introduzido na China em 2005.
Um genérico têm a mesma dosagem, resistência, qualidade e objetivo de um produto de marca e sempre se torna disponível com o fim da patente da droga original.
O Yiruike foi aprovado para comercialização pela Administração Geral da Supervisão de Alimentos e Medicamentos da China depois que a patente do Iressa expirou em abril de 2016, informaram as fontes da Qilu.

Um grupo de farmacêuticos chineses, liderado pelo professor Yang Guoping, da Universidade do Centro e Sul, endossou o Yiruike.
Fonte: www.minutobiomedicina.com.br

A droga é um medicamento de primeira linha muito necessário usado nas terapias direcionadas contra o câncer de pulmão de não pequenas células, que responde por cerca de 80% dos casos dessa doença na China.
O gefitinib age especificamente contra o receptador de fator de crescimento epidérmico EGFR, cuja função é impedir o crescimento de células. No câncer de pulmão de não pequenas células, a mutação do EGFR leva a uma proliferação celular, formando tumores fatais.
O câncer de pulmão mata mais pessoas na China do que outros cânceres.
De acordo com o centro nacional de câncer, cerca de 591 mil pessoas morrem de câncer de pulmão na China todos os anos, com cerca de 733 mil novos casos anualmente.
A terapia direcionada apareceu ao longo da última década como um tratamento promissor para pacientes com câncer de pulmão avançado que não respondem bem à quimioterapia. Os preços dos medicamentos de terapia direcionada são exorbitantes para a maioria das famílias da classe trabalhadora.
A terapia direcionada de gefitinib passou a ser tão popular que em 2014 uma instituição de caridade chinesa começou a ajudar os pacientes que não eram capazes de comprar o medicamento. O custo semanal ultrapassa 10 mil yuans (US$ 1.470).
O diretor-geral da Qilu, Li Yan, disse que o Yiruike, a menos de 2 mil yuans por caixa, é uma fração do preço do medicamento disponível anteriormente, significando que mais pessoas em dificuldades podem receber o tratamento.
Fonte:http://portuguese.xinhuanet.com/2017-02/20/c_136070219.htm

Comentário:
Enquanto a fosfoetanolamina engatinha no Brasil...
A China, como sempre decola.
Existe quem vai dizer que é medicamento chinquilinque, portanto, qual é a segunda opção?

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19 agosto, 2016

Estudo recomenda somente uma dose de ácido acetilsalicílico a cada três dias, para prevenção do infarto e AVC

Novos estudos apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP e pela Biolab Farmacêutica, indicam que o uso de uma dose de ácido acetilsalicílico (AAS) a cada três dias, pode ser tão eficiente prevenção de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica quanto consumir o medicamento diariamente. E desta forma reduzir a probabilidade de complicação gastrointestinal.
Fonte: http://www.falasimoesfilho.com.br
Em linguagem popular o uso deste medicamento é para “afina” o sangue, dificultando a formação de coágulos que podem obstruir o fluxo sanguíneo.
A indicação do AAS para está prevenção já tem mais de 50 anos.
O estudo também traz que mesmo utilizando o medicamento a cada três dias, pode aumentar as chances de complicações no estômago e o intestino.
É importante ressaltar que, o Food and Drug Administration (FDA) – órgão que regulamenta o consumo de alimentos e de medicamentos nos Estados Unidos – recomenda que o AAS seja usado apenas na prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, em pacientes diagnosticados com doença vascular periférica e os que já tiveram algum episódio de infarto ou AVC e correm risco de um segundo evento. Somente nessa situação, segundo o FDA, os benefícios da terapia suplantariam os riscos de efeitos adversos.
“Com esse novo esquema terapêutico, o AAS também poderia ser usado no tratamento de pacientes que nunca tiveram um evento cardiovascular, mas apresentam alto risco, como os diabéticos”, disse Ferreira.
No estudo realizado com a participação de dois grupos de voluntários que participaram do ensaio clínico receberam, além de AAS, o anti-hipertensivo losartan. Conforme explicou De Nucci, o objetivo foi mostrar que uma droga não influencia a ação da outra.


O artigo Acetylsalicylic Acid Daily vs Acetylsalicylic Acid Every 3 Days in Healthy Volunteers: Effect on Platelet Aggregation, Gastric Mucosa, and Prostaglandin E2 Synthesis (doi: 10.1002/jcph.685) pode ser lido emonlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jcph.685/full .
Fonte:http://agencia.fapesp.br/contra_infarto_e_avc_uma_dose_de_acido_acetilsalicilico_a_cada_tres_dias_diz_estudo/23792/

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22 janeiro, 2015

Acho que está 69% maior...

15 dezembro, 2014

Estudo de caso sobre redução de custos na UFU é apresentado em Congresso Internacional

Nos dia 3, 4 e 5 de dezembro, foi realizado em Florianópolis o XIV Colóquio Internacional de Gestão Universitária, este importante evento teve a participação do Coordenador de Avaliação de Desempenho da UFU Duílio Júlio, apresentando trabalho sobre a redução de custos nas ações de capacitação oferecida pela Universidade aos seus servidores, no trabalho Duílio Júlio apresenta um estudo de caso onde foi possível reduzir o custo de capacitação em até 96,1% mantendo a qualidade e até atendendo melhor a necessidade da UFU. “Capacitar o servidor é necessário, mas também deve haver eficiência na aplicação dos recursos públicos, não deixando de lado a qualidade do curso.” Ressaltou Duílio Júlio. O evento contou com a participação de pesquisadores de mais de 10 países.
Duílio Júlio recebendo o certificado de apresentação

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27 novembro, 2014

Checar mensagens no seu celular pode ser mais perigoso do que você imagina

Você passa muito tempo checando as mensagens que chegam em seu celular? Pois esse hábito é prejudicial à saúde e pode causar danos irreversíveis à coluna, aponta estudo feito nos EUA. A posição com a cabeça inclinada para frente - comum para quem checa o celular - causa muita pressão na coluna cervical.

"O peso verificado pela coluna dramaticamente aumenta ao que o pescoço é flexionado em seus diversos ângulos. Perda da curvatura natural da cervical leva a pressão gradualmente superior, e isso pode levar a desgaste, ruptura, atrofia precoces e possivelmente cirurgia", afirma Kenneth K. Hansraj, autor da pesquisa.
Reprodução

Caso a inclinação da cabeça para frente atinja os 60º, a pessoa pode exercer até 27,2kg sobre a cervical, fazendo com que a coluna sofra danos diários que podem acabar com em uma lesão séria. 

"Enquanto é praticamente impossível evitar as tecnologias que causam esse problema, as pessoas deveriam fazer um esforço para olhar seus celulares com uma cervical neutra e evitar gastar horas torto", alerta o pesquisador.
Fonte: br.noticias.yahoo.com

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14 novembro, 2014

Além da água

A crise hídrica que assola a região sudeste é um problema de alta complexidade e gravidade  que a população em geral desconhece e acredito que não vão conseguir entender na teoria, só vão “acreditar” quando abrirem suas torneiras e não sair água, daí vão questionar o sistema, “mas a conta de água está paga em dia, o que está acontecendo?” Vêm a resposta: Está acontecendo que não existe o recurso, e este é insubstituível. Faça a experiência, fique um dia sem beber água, você consegue?
Mas neste texto quero enfatizar o quanto o recurso hídrico é mal utilizado, talvez seja pelo motivo de ser um recurso barato, por exemplo, da minha residência o DMAE cobra menos de R$1,00 por 1.000 litros de água tratada, que também é um valor aproximado ao cobrado pela SAE (Superintendência de Água e Esgoto – Ituiutaba) e COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais). 
Com a escassez de água o DMAE evidenciou um sensível programa de redução do desperdício, o Uberdenúncias, com o intuito de receber denúncias de pessoas que estão utilizando a água de maneira irracional, mas o número, por exemplo só recebe ligações de telefone fixo. Sem comentários. Outra recomendação na lista do órgão para economizar água e tomar banho em no máximo 15 minutos, eu recomendaria no máximo 5 minutos, e mesmo assim que desligassem o chuveiro enquanto se ensaboam.
Adicionar legenda
Mas o grande problema com a escassez hídrica não é somente porque as pessoas lavam calçadas ou tomam banhos demorados, considero que o maior problema é o uso irracional de recursos que dependem de água como matéria prima. De acordo com a SABESP, são necessários: 5,5 lts de água para produzir 1 lt de cerveja, 2.500 lts de água para produzir 1 kg de arroz, 18.000 lts de água para produzir 1 kg de manteiga, 712,5 lts de água para produzir 1 kg de leite, 5.280 para produzir 1 kg de queijo, 132,5 lts de água, para produzir 1 kg de batata, 17.100 para produzir 1 kg de carne de boi, 499 lts de água para produzir 1 kg de banana e 3.700 lts de água para produzir 1 kg de frango.
Esses números são altos e ignorados, vendem-se a ideia que a única forma de gastar água e pela torneira, mas este entendimento é errado, não só pela torneira, mas o desperdício pode ocorrer por outras formas de consumo.
É considerando que nossa região já vivi o caos hídricos, a forma de consumo deve ser de acordo com os 4 R’s da sustentabilidade: reduzir, reutilizar, reciclar e recuperar. Essa ação deve ser imediata, em tudo.
É real o fato que é impossível zero impacto no meio ambiente, portanto medidas que minimizem ao máximo o uso de recursos e que elevem a eficiência, é possível.
Assim como a terra, a água possui sua função social, por isso deve ser utilizada com responsabilidade e eficiência.
E como consequências do desabastecimento, industrias podem ser paralisadas, problemas de saúde poderão ocorrer com maior frequência, além da obrigatoriedade nas mudanças de hábitos.

Duílio Júlio Oliveira Santos

Mestre em Ciências Ambientais

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02 novembro, 2014


01 novembro, 2014

Estudo relaciona seca do Sudeste a desmatamento da Amazônia

A redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes

De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo (Luciana Gatti / Ipen/VEJA)
Uma nova pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relaciona a seca que atinge o Sudeste, especialmente São Paulo, com o desmatamento da Amazônia. Realizada pelo biogeoquímico Antônio Nobre, a revisão de literatura sobre o assunto mostra que a redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes. De acordo com o relatório, intitulado O Futuro Climático da Amazônia, esta é “a razão de a porção meridional da América do Sul, a leste dos Andes, não ser desértica, como nas áreas de mesma latitude a oeste e em outros continentes”. 
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo. "Já foram destruídas pelo menos 42 bilhões de árvores na Amazônia. Em 40 anos, foram cerca de 2 mil árvores por minuto. Os danos dessa devastação já são sentidos, tanto no clima da Amazônia – que tem sua estação seca aumentando a cada ano – quanto a milhares de quilômetros dali", disse Nobre.
Segundo ele, a floresta mantém úmido o ar em movimento, levando chuvas para regiões internas do continente. "O ar úmido é exportado para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul do Brasil, por rios aéreos de vapor, mais caudalosos do que o Rio Amazonas. Sem isso, o clima nessas regiões se tornará quase desértico. Atividades humanas como a agricultura entrarão em colapso", declarou.
Nobre explicou que a Amazônia regula o clima do continente graças à capacidade da floresta de transferir 20 trilhões de litros d’água por dia para a atmosfera. Segundo ele, a transpiração das árvores, combinada à condensação vigorosa na formação de nuvens de chuva, rebaixa a pressão atmosférica sobre a floresta. Com isso, ela "suga" o ar úmido do oceano para o continente, mantendo as chuvas em qualquer circunstância. "Isso explica por que não temos desertos nem furacões a leste dos Andes. Pelo menos até agora, porque se continuarmos derrubando a floresta, o fluxo se inverterá: o oceano é que sugará a umidade da Amazônia. Assim, poderemos ter no continente um cenário semelhante ao da Austrália, com grandes desertos e uma franja úmida próxima do mar", afirma o pesquisador. 
Esforços – De acordo com Nobre, o esforço para zerar o desmatamento é insuficiente, já que é preciso também confrontar o desmatamento acumulado e dar início a um processo de recuperação do que já foi destruído. “É preciso plantar árvores em todos os lugares, e não só na Amazônia”, ressaltou, lembrando que não podem ser plantados somente eucaliptos, como ocorre atualmente, já que esta não é a espécie mais indicada para trazer chuva.
Para ele, o governo tem uma grande tarefa a realizar e esse trabalho deve ser feito em conjunto com o Ministério Público, a Justiça, as organizações não governamentais (ONGs) e, principalmente, os cientistas, repetindo algo que foi feito após 2004, quando o Brasil alcançou o pico de área desmatada (27,7 mil km²) “É possível fazer acordos e todos os setores serem beneficiados”, afirmou.
Apesar de o desmatamento ter caído nos últimos anos, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, afirmou Cláudio Amarante, da ONG WWF Brasil. “Pelos dados que temos hoje, por tudo o que reduziu, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, embora dependa de como isso é medido. O Brasil tem dez anos de redução de desmatamento, mas os países andino-amazônicos vêm em processo contrário: há um crescimento do desmatamento. Após o Brasil, vêm a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela e o Equador.”
De acordo com Amarante, o controle do desmatamento no Brasil está entrando agora em sua fase mais difícil: a de combate às pequenas manchas de desmatamento, pouco visíveis por satélites. “Até agora, foi possível conter o desmatamento mais flagrantemente ilegal, das áreas maiores e de maior detecção. Agora vamos ter que combater as pequenas manchas de desmatamento e as feitas por pequenas propriedades ou assentamentos”, afirmou.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)
Fonte: www.veja.com.br

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29 outubro, 2014

Novas pesquisas sobre agricultura são apresentadas em Congresso realizado no México

De 6 a 10 de outubro o gurinhatãense Gilmar Oliveira Santos participou do XI Congresso de Engenharia Agrícola da América Latina e Caribe que foi realizado na cidade de Cancún, México.
O evento teve por objetivo reunir pesquisadores e pessoas a fins do setor agrícola em busca de discussão de resultados, propostas e alternativas sustentáveis para a produção de alimentos, pecuária, silvicultura e área agro-industrial, com práticas avançadas e mais eficientes.
Gilmar Oliveira é Engenheiro Ambiental e Doutorando em Agronomia pela UNESP Campus Jaboticabal, que participou do Congresso apresentando três trabalhos que vem sendo desenvolvido e são financiados pela FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. “Com a redução das chuvas e consequentemente da oferta de água dos mananciais, em um futuro próximo, teremos de adotar alternativas para continuar produzindo alimentos em larga escala. Portanto, minha pesquisa consiste na avaliação do potencial de reuso de águas residuárias (efluente de esgoto tratado) na agricultura em culturas de consumo indireto, como no caso a Brachiaria brizantha (forrageira destinada a alimentação animal), assim, podemos aumentar a área irrigada com menor captação de água nobre e reduzir custos com fertilizantes químicos, além de amenizar os impactos no meio ambiente. Resultados preliminares apresentados no evento, demonstraram que o uso de efluente de esgoto tratado proporciona aumento quantitativo e qualitativo da forragem e melhorias no solo, ou seja, fértil por mais tempo”. Conclui Gilmar.
Neste ano o pesquisador Gilmar Oliveira apresentou estudos em Zurich, na Suíça na International Conferece of Agricultura Engineering , além de alguns eventos nacionais como INOVAGRI – International Meeting, realizado em Fortaleza e o CONBEA – Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, em Campo Grande.

O pesquisador possui ainda livro publicado na sobre Manejo agrícola e ambiental para conservação da água e do solo (Editora Funep) e um software (Sistema para manejo da agricultura irrigada – SMAI 1.0) para realizar o manejo da irrigação (Disponível em: http://clima.feis.unesp.br/smai), onde auxilia o produtor em se aplicar a quantidade de água correta no momento certo.

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17 outubro, 2014

Impacto de remédios na natureza faz peixes machos ficarem femininos

  • BBC
  • Thinkstock
    Características femininas em peixes machos foram notadas pela primeira vez nos anos 90
    Características femininas em peixes machos foram notadas pela primeira vez nos anos 90
Nós, seres humanos, tomamos paracetamol para dor de cabeça, contraceptivos para evitar a gravidez e Prozac para a depressão.
Mas para onde vão os resíduos destas substâncias uma vez cumprida a sua função?
O corpo humano elimina muitos dos medicamentos que ingerimos através da urina. A urina vai para os esgotos e, depois de atravessar um sistema imperfeito de purificação, os resíduos desembocam nos rios que alimentam o planeta.
Embora as concentrações de drogas na água sejam baixas, as consequências destas para os ecossistemas não deixam de ser preocupantes: desde peixes machos que adquirem características femininas até aves selvagens que perdem a vontade de comer, além de populações inteiras de peixes e outros organismos aquáticos dizimadas.
Diversos estudos sobre o impacto da poluição farmacêutica sobre a vida selvagem apontam que o uso crescente de drogas projetadas para serem biologicamente ativas em baixas doses pode estar causando uma crise global da vida selvagem.
"As populações de muitas espécies que vivem em paisagens alteradas pelo homem estão encolhendo por razões que não podemos explicar completamente", disse a pesquisadora Kathryn Arnold, da Universidade de York, na Inglaterra.
"Acreditamos que é hora de explorar novas áreas, como a poluição farmacêutica."

Machos femininos

Para os seres humanos, no entanto, a presença de drogas em baixa concentração na água não é um problema: seria necessário tomar entre 10 milhões e 20 milhões de litros de água da torneira para ingerir medicação suficiente para, digamos, aliviar uma dor de cabeça.
No caso dos peixes, a história é outra.
O biólogo John Stumper, da universidade britânica de Brunel, foi um dos primeiros a estudar os peixes machos com características femininas descobertos na década de 90.
"A primeira coisa que descobrimos foi que havia muitos peixes nos rios que tinham proteína do sangue que é comumente conhecida como a gema. A síntese desta proteína no fígado é controlada pelo (hormônio) estrogênio", disse a Stumper à BBC.
Ele explica que mesmo os peixes machos - que não produzem quantidades significativas de estrogênio e, portanto, não têm gema - apresentavam uma alta concentração dessa proteína. "Especialmente aqueles que habitavam os rios perto de uma estação de tratamento ", notou Stumper.
"Uma vez que eram os machos que estavam se tornando mais femininos e não o contrário (fêmeas adotando características mais masculinas), achamos que a causa poderia ser o estrogênio."
Stumper estava certo: estudos posteriores confirmaram que essas mudanças estavam relacionadas à presença de resíduos de contraceptivos na água.
"Em nível molecular, os peixes são extremamente semelhantes a nós", disse o biólogo. Assim, quase todos os fármacos para seres humanos têm um efeito sobre os peixes.

Impactos

De acordo com um relatório da Agência Federal Ambiental da Alemanha, as drogas para os seres humanos que mais causam desequilíbrios ambientais são os hormônios, antibióticos, analgésicos, antidepressivos e drogas para combater o câncer.
Entre os medicamentos veterinários, o relatório destaca os hormônios, antibióticos e parasiticidas.
Assim como os hormônios sexuais sintéticos, os antidepressivos se dissolvem em gordura, não na água. Por isso, podem entrar na corrente sanguínea dos organismos expostos à água contaminada.
Um estudo de Kathryn Arnold que deve ser publicado no fim deste mês sugere que este fator está afetando o comportamento e a capacidade dos estorninhos, um tipo de pássaro, de se alimentar.
Arnold e colegas da Universidade de York analisaram como o Prozac impacta essas aves, que se alimentam de lagartas, vermes e moscas em áreas próximas a estações de tratamento de resíduos.
Estes organismos, por sua vez, se alimentam de alimentos encontrados na área - em geral, contendo altos níveis de fármacos, principalmente Prozac.
"No inverno, as aves tendem a consumir um bom café da manhã, beliscar ao longo do dia e comer bem antes de escurecer", disse a pesquisadora.
Sob o efeito do antidepressivo, elas não faziam isso: em vez de duas grandes refeições, elas comiam esporadicamente ao longo do dia e, no cômputo geral, comiam menos.
"Esse comportamento pode afetar o seu peso, os riscos que decidem correr ou não para obter alimentos e como se socializam", afirma a cientista.
"São variações pequenas e sutis mudanças que vão se somando e, no fim, podem comprometer a sobrevivência de uma espécie."

Uso excessivo?

Se o problema tem origem na água de resíduos, talvez a solução passe por reduzir a presença de farmacêuticos que vai parar em rios e córregos.
Pode-se, por exemplo, desenvolver métodos mais eficientes de tratamento da água. Mas esta pode ser uma solução cara e gerar um gasto de energia muito elevado.
Ole Phal, professor da Universidade de Glasgow Caledonian, defende uma abordagem que inclua uma discussão sobre a produção e o uso de medicamentos.
"Estamos tomando (medicamentos) demais? Estamos utilizando-os corretamente? Existe alguma maneira de se desfazer deles que seja mais benéfica para o meio ambiente?", questiona Phal.
"Precisamos refletir sobre o nosso uso de drogas farmacêuticas."

Fonte: www.uol.com.br

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14 outubro, 2014

Ministério da Saúde e ANS anunciam medidas de incentivo ao parto normal

A mudança do modelo de atenção à saúde da mulher foi defendida pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, ao anunciar medidas de redução de cesarianas desnecessárias entre consumidoras de planos de saúde no País. Também foram anunciadas ações de promoção do parto normal. Hoje, no Brasil, 84% dos partos realizados pela rede privada de saúde são cesarianas. Entre as pacientes doSUS este índice alcança os 40%.
“O parto não pode ser visto como uma questão de consumo, é uma questão de saúde pública. As taxas de cesarianas no Brasil são inaceitáveis”, enfatizou o ministro em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na manhã desta terça-feira (14), em Brasília.
Entre as iniciativas detalhadas estão a abertura de consulta pública, a partir desta quarta-feira (15), para colher sugestões da sociedade civil e dos conselhos de saúde para definição de nova norma da ANS que regulamente o procedimento e a ampliação do acesso à informação pelas beneficiárias, que poderão solicitar taxas de cesáreas e de partos normais por estabelecimento de saúde e por médico – independentemente de estarem grávidas ou não.
Além disso, o ministério defendeu o estímulo a uma nova formação dos profissionais e mudanças no modelo de atenção dentro dos hospitais com treinamento de equipes, envolvimento e participação de profissionais de enfermagem.
A ANS reforçou ainda a necessidade de uma maior exigência em relação ao uso dos chamados partogramas pelos médicos. Esses documentos – uma espécie de relatório detalhado em que é possível avaliar a evolução da gravidez e condições de trabalho de parto das mulheres – devem funcionar como importante ferramenta de gestão para operadoras, além de passar a ser parte integrante do processo para o pagamento do parto. Por meio dessa documentação, operadoras de planos de saúde conseguem ter um maior controle sobre a necessidade real da realização das cesáreas.
Para o presidente da ANS, André Longo, a humanização do ambiente hospitalar é fundamental para reverter o número de cesáreas no Brasil. Segundo ele, hospitais precisam estar preparados para realização dos partos normais. De acordo com Longo, as cesarianas desnecessárias são responsáveis por maiores índices de mortalidade materna, sobretudo por infecções e hemorragias, além de maiores complicações para bebês, como o alto índice de prematuridade.
“A cesariana é uma conquista científica, mas não podemos ter este excesso. A escolha do modelo de parto é, fundamentalmente, uma questão de saúde, e deve estar condicionada ao que for mais adequado para cada caso e ao que for mais seguro para a mãe e o bebê”, destacou a gerente de Atenção à Saúde da ANS, Karla Coelho.
Riscos da cesariana
A cesariana, quando não tem indicação médica, ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Cerca de 25% dos óbitos neonatais e 16% dos óbitos infantis no Brasil estão relacionados à prematuridade. (grifo nosso)

Fonte:http://blog.planalto.gov.br/ministerio-da-saude-e-ans-anunciam-medidas-de-incentivo-ao-parto-normal/

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08 outubro, 2014

Brasilidade: Pesquisador cria exame de sangue mais rápido e barato que os tradicionais

O pesquisador Wendell Coltro está criando, na Universidade Federal de Goiás (UFG), um novo tipo de exame de sangue e urina que pode mudar o dia a dia de milhares de pessoas. O teste pesquisado pelo professor é mais rápido e custa menos que R$ 1. Com base em materiais baratos como papel e um carimbo de metal, Wendell criou um exame com alta confiabilidade que pode detectar até a Dengue. Pela pesquisa, ele recebeu diversos prêmios e foi considerado um dos dez brasileiros mais inovadores pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
brasilidade_exame desangue_15centavos_Wendell_Coltro
Wendell Coltro (quarto em pé da esquerda p/ direita) e alunos. Clique na imagem e confira a entrevista, na íntegra, no Tumblr do Palácio do Planalto. Foto: Arquivo pessoal.
“Uma das grandes vantagens, sem dúvidas, é o tempo de análise. Dependendo do ensaio, a rapidez pode ser interessante para auxiliar o médico ou uma equipe médica a tomar uma decisão de intervenção cirúrgica ou mudança em um tratamento específico. Por exemplo, nas unidades médicas móveis um kit contendo esses produtos poderia ser rapidamente utilizado para acessar o estado clínico do paciente no caminho até o hospital”, diz Wendell.
Fonte: http://blog.planalto.gov.br/brasilidade-pesquisador-cria-exame-de-sangue-mais-rapido-e-barato-que-os-tradicionais/

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06 fevereiro, 2014

RIO + 20, meio ambiente + nada


O ano de 2012, foi a vez da Rio + 20, nome em referência a ECO 92, também realizada no Rio de Janeiro, com o intuito de definir uma forma sustentável de vida no planeta Terra. Neste último encontro foram 190 países participantes e mais de 50.000 visitantes. Os números de participantes, importantes ou não, são expressivos, mas se resumem em dois grupos, os pertencentes aos países ricos e aos países pobres. E essa divisão é para responder a duas questões básicas: qual a estratégia para adaptar o modelo sócio econômico ao modo sustentável? E quem seriam os principais atores da mudança, os que já são desenvolvidos, ou os que estão em desenvolvimento ou os que são extremamente pobres?
As divergências ambientais giram em torno de: definição de metas e prazos; eliminação do subsídio ao petróleo, incentivando a utilização de fontes de energia limpas e renováveis; criação de uma agência internacional e independente; definição de uma nova metodologia para o cálculo do PIB e ajuda financeira dos países ricos que muito poluem e que houve grande redução de sua biodiversidade a países pobres e/ou em desenvolvimento.
Neste contexto muito se fala em economia verde, mas pequeno exemplo desta economia
verde e sustentável é notado no norte do país onde madeireiras legalmente sustentáveis não conseguem concorrer com madeireiras ilegais, inviabilizando a tão falada e discutida economia verde.
Estes mega encontros diplomáticos nos enche de esperança para uma solução justa e eficiente para o meio ambiente, só que muito se discute, existe o problema que está agravando a cada dia mais e nada e efetivamente acordado, caso parecido e o da professora Silvía Letíca da Luz Ferreira, que em 1992 estava no auge de seus 18 anos, de família humilde de agricultores do município de Redenção. Silvía foi brutalmente violentada e torturada pelo então cacique Paulinho Paiakan, o cacique que era celebridade muito aguardada para a ECO-92, considerado como um sucessor de Chico Mendes, Paiakan teve que fugir nas florestas do Pará para não se preso acusado de crime hediondo praticado contra Silvía, fato que foi provado na época, mas que também nestes últimos anos não teve solução, Paiakan apareceu na Rio+20, apático e sem
influência e neste vinte anos nunca esteve em uma penitenciária e também não deve nada a justiça. O mesmo ocorreu com a ECO-92, muito se esperava, os fatos são verídicos que há necessidade de agir em prol ao meio ambiente, mas nada é concretizado e o tempo está passando.
Da ECO 92 para a Rio + 20, não foi diferente, houve o encontro, houve promessa, mas muito pouca coisa mudou, sente-se as maiores mudança por parte da iniciativa privada, preocupada com o marketing sócio ambiental realizam ações que vão além de tratados já mais imaginados nestes encontros. Desta forma foram outros encontros, como o Protocolo de Kyoto.
Fazendo uma comparação e diante da distância que está de se chegar a uma solução prolifera, entende-se que nada avançou, nem o documento final com as intenções ficou definido, ou seja, e as poucas conclusões que sinalizavam serão para os próximos anos.

Referência: www.veja.com.br

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03 setembro, 2013

Arroz dourado levanta debate sobre transgênicos

Bom dia, mais uma boa discussão sobre o OGM, com grifo nosso.


Numa ensolarada manhã de agosto, 400 manifestantes derrubaram as cercas em torno de uma lavoura na região filipina de Bicol e, uma vez lá dentro, arrancaram do chão pés de arroz geneticamente modificados.
Se as plantas tivessem sobrevivido o suficiente para florescer, teriam revelado um tom distintamente amarelo na parte do grão que deveria ser branca. Isso porque o arroz possui um gene do milho e outro de uma bactéria, fazendo dessa a única variedade existente a produzir betacaroteno, fonte de vitamina A. Seus desenvolvedores o chamam de "arroz dourado".
Jes Aznar/The New York Times
O arroz dourado foi geneticamente modificado para produzir betacaroteno, fonte de vitamina A, mas há quem tema e se oponha ao seu cultivo
O arroz dourado foi geneticamente modificado para produzir betacaroteno, fonte de vitamina A, mas há quem tema e se oponha ao seu cultivo
As preocupações manifestadas pelos participantes no ato de 8 de agosto --que o arroz representa riscos imprevisíveis para a saúde humana e o ambiente e que ele afinal servirá para dar lucro a grandes companhias agroquímica-- são comuns quando se discute os méritos dos produtos agrícolas geneticamente modificados.
São essas preocupações que motivaram alguns americanos a reivindicar rótulos obrigatórios com a sigla "OGM" [organismo geneticamente modificado] para identificar alimentos que tenham ingredientes feitos a partir de produtos agrícolas cujos DNAs tenham sido alterados em laboratório.
São elas também que resultaram em protestos semelhantes a outros produtos transgênicos nos últimos anos: uvas concebidas para lutar contra um vírus letal, na França, trigo criado para ter um menor índice glicêmico, na Austrália, e beterrabas açucareiras preparadas para tolerar um herbicida, no Oregon, nos EUA.
"Não queremos que nossa gente, especialmente nossas crianças, seja usada nessas experiências", disse ao jornal filipino "Remate" um agricultor que esteve entre os líderes do protesto.
Mas os defensores do arroz dourado dizem que ele é diferente de quaisquer dos produtos agrícolas transgênicos amplamente usados hoje, que são feitos para resistir a herbicidas ou a ataques de insetos, com benefícios para os produtores rurais, mas não diretamente para os consumidores.
Uma iminente decisão do governo filipino sobre permitir ou não o cultivo do arroz dourado fora dos quatro campos de teste remanescentes confere uma nova dimensão ao debate sobre os méritos dessa tecnologia.
O arroz dourado não pertence a nenhuma companhia específica. Ele está sendo desenvolvido por uma organização sem fins lucrativos chamada Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz, com o objetivo de oferecer uma nova fonte de vitamina A para pessoas nas Filipinas -onde a maioria das famílias tem no arroz sua principal fonte de calorias- e futuramente em muitos outros lugares de um mundo onde metade da população come arroz diariamente.
A falta da vitamina A, nutriente vital, causa cegueira em 250 mil a 500 mil crianças por ano. Ela afeta milhões de pessoas na Ásia e na África e enfraquece tanto o sistema imunológico que 2 milhões morrem por ano de doenças que, em outras circunstâncias, não seriam fatais.
A destruição de uma lavoura experimental e as razões apresentadas para isso incomodaram cientistas no mundo todo, motivando-os a reagir às alegações acerca dos riscos sanitários e ambientais dessa tecnologia.
Numa petição em prol do arroz dourado que circulou entre os cientistas e foi assinada por milhares deles, muitos manifestaram sua frustração com organizações ativistas como o Greenpeace, que, segundo eles, aproveitam-se dos temores equivocados despertados pela engenharia genética.
O que está em jogo, afirmam eles, não é só o futuro do arroz biofortificado, mas também os meios racionais para avaliar uma tecnologia cujo potencial para melhorar a nutrição poderá de outra forma ficar por realizar.
"Paira por aí muita desinformação a respeito dos OGMs que é tomada como fato pelas pessoas", disse Michael Purugganan, professor de genômica e biologia e pró-reitor de ciências da Universidade de Nova York. "Os genes que eles inseriram para fazer a vitamina não são nenhum material manufaturado esquisito, mas sim genes encontrados também em abóboras, cenouras e melões", escreveu ele em uma cartilha publicada pelo GMA News Online, veículo noticioso filipino. "Muitas das críticas aos OGMs no mundo ocidental padecem da falta de compreensão sobre como a situação é realmente difícil nos países em desenvolvimento."
Nina Fedoroff, professora da Universidade Rei Abdullah de Ciência e Tecnologia, na Arábia Saudita, e ex-consultora científica da Secretaria de Estado dos EUA, ajudou a difundir o abaixo-assinado. "Já passou da hora de os cientistas se levantarem e gritarem: 'Chega de mentiras'", disse ela. "Estamos falando em salvar milhões de vidas aqui."
Precisamente por causa do seu propósito elevado, o arroz dourado atrai suspeitas. Muitos países proíbem o cultivo de todos os OGMs. No começo da década passada, a ambientalista indiana Vandana Shiva disse que o arroz dourado seria um "cavalo de Troia", destinado a conquistar o apoio da opinião pública para organismos transgênicos que beneficiariam corporações à custa de consumidores e agricultores pobres.
Em um artigo de 2001, "The Great Yellow Hype" (o grande "hype" amarelo), o autor Michael Pollan sugeriu que esse arroz pode ter sido desenvolvido "para ganhar uma discussão, em vez de resolver um problema de saúde pública".
Mas o arroz foi aperfeiçoado desde então, dizem seus defensores: uma tigela contém atualmente 60% da necessidade diária de vitamina A para uma criança saudável. A possibilidade de que o arroz dourado possa se transpolinizar com outras variedades também é considerada limitada, porque o arroz se autopoliniza.
Se esse arroz obtiver aprovação do governo filipino, ele não custará mais do que outras variedades para os agricultores pobres, que estarão liberados para replantar as sementes.
A Fundação Bill e Melinda Gates está apoiando os testes finais do arroz dourado. Também está patrocinando o desenvolvimento de cultivos específicos para a África Subsaariana, como uma mandioca resistente a um vírus que habitualmente destrói um terço das safras ou um milho que usa o nitrogênio de forma mais eficiente. Outros pesquisadores estão desenvolvendo um feijão-fradinho resistente a pestes e uma banana que contém vitamina A.
Uma objeção aos OGMs é que eles podem conter riscos desconhecidos. Tais cultivos, afirmou a "Scientific American" em agosto, "só com apoio da opinião pública chegarão às mesas das pessoas". O Greenpeace, por exemplo, já disse que continuará se opondo a eles. "Preferimos pecar por cautela", disse Daniel Ocampo, ativista da organização nas Filipinas.
Para outros, o potencial para aliviar o sofrimento é tudo o que importa. Como escreveu um dos signatários da petição, o mexicano Javier Delgado: "Essa tecnologia pode salvar vidas. Mas falsos temores podem destruí-la."
AMY HARMON
DO "NEW YORK TIMES"

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30 agosto, 2013

Artigo científico afirma que tratamento de água no Brasil não elimina totalmente alguns agrotóxicos

Escrito por uma servidora do MPMG, com o apoio da Central de Apoio Técnico (Ceat), o estudo foi publicado numa importante jornal do Reino Unido

Um artigo científico escrito pela engenheira sanitarista e servidora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Alexandra Soares foi publicado no Reino Unido no Journal of Water Supply: Research and Technology-AQUA, (Jornal de Abastecimento de Água: Pesquisa e Tecnologia – AQUA), da Associação Internacional da Água (IWA). A pesquisa foi feita com o auxílio da Central de Apoio Técnico (Ceat) do MPMG, setor onde a servidora trabalha.

Retirado da tese de doutorado da engenheira, o artigo aborda os métodos convencionais de tratamento de água utilizados por concessionárias brasileiras. Segundo a análise científica feita pela pesquisadora, as técnicas de purificação usadas por certas empresas não conseguem remover totalmente alguns agrotóxicos da água, geralmente aqueles utilizados em lavouras de café. Isso faz com que a água para consumo humano contenha quantidades desses produtos.

O estudo começou a partir da solicitação da Promotoria de Justiça de Manhuaçu ao Ceat para que se fosse analisada a água da cidade, região de plantações de café. Interessada no assunto, Alexandra Soares quis se aprofundar no tema. Para isso, ela se matriculou na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e concentrou sua tese de doutorado na análise da eficiência do tratamento convencional de água usado por concessionárias brasileiras.

Com base nos estudos, a servidora do MPMG concluiu que, diante da incapacidade técnica do modelo atual usado para remover os agrotóxicos, é importante preservar as bacias hidrográficas e os mananciais destinados ao abastecimento público para que se consiga prevenir a contaminação da água por agrotóxicos.


FONTE: http://www.mpmg.mp.br/comunicacao/noticias/artigo-cientifico-afirma-que-tratamento-de-agua-no-brasil-nao-elimina-totalmente-alguns-agrotoxicos.htm#.UiAH8n-9f40

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29/08/13

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21 agosto, 2013

Pesquisadores criam biossensor para detectar pesticida



Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com colegas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), criaram um sensor biológico (biossensor) que detecta em minutos, na água, no solo e em alimentos, a presença de um pesticida altamente tóxico que está sendo banido no Brasil, mas que ainda é usado em diversas lavouras no país: o metamidofós.
Desenvolvido no âmbito do Instituto Nacional de Eletrônica Orgânica (INEO) – um dos INCTs apoiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Estado de São Paulo –, o sensor pode ser adaptado para detecção de outros tipos de pesticidas, afirmam os pesquisadores. O princípio básico do dispositivo também deu origem a um possível novo teste rápido para detecção de infecção pelo vírus da dengue.
“Escolhemos o metamidofós para ser detectado pelo sensor porque, apesar de já ter sido banido em diversos países, há indícios do uso desse pesticida, extremamente tóxico, sobretudo no Estado do Mato Grosso”, disse Nirton Cristi Silva Vieira, pós-doutorando no IFSC (com Bolsa da FAPESP) e um dos orientadores do projeto do biossensor de pesticida e do teste rápido de dengue, à Agência FAPESP.
Vieira conta que o metamidofós é utilizado principalmente em lavouras de soja para matar lagartas e percevejos que atacam a oleaginosa. O pesticida penetra facilmente o solo e os lençóis freáticos e, ao contaminar a água e os alimentos, atua no sistema nervoso central dos seres vivos, inibindo a ação da acetilcolinesterase – enzima que promove as ligações (sinapses) dos neurônios.
Nos humanos, além de ser prejudicial para as funções neurológicas, o metamidofós também pode causar danos nos sistemas imunológico, reprodutor e endócrino e levar à morte.
Em conjunto com Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, professor do IFSC e orientador de sua pesquisa de doutorado, Vieira orientou Izabela Gutierrez de Arruda, durante o seu mestrado na UFMT, a desenvolver um teste rápido e portátil para detectar a presença de metamidofós utilizando a própria enzima acetilcolinesterase.
Para isso, os pesquisadores desenvolveram um sensor de pH, que mede prótons (íons H+), constituído por uma lâmina de vidro – composta por camadas de óxido de silício em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro) –, na qual a acetilcolinesterase é imobilizada, mantendo alta atividade.
Ao colocar o sensor em uma solução – como extrato de soja ou de tomate – contendo pequenas concentrações de metamidofós –, a atividade da acetilcolinesterase é inibida e a enzima produz menos prótons do que produziria se não estivesse na presença do pesticida.
Essa diferença da quantidade de prótons produzidos pela enzima presente no sensor, quando exposta a diferentes concentrações do pesticida, é medida por meio de um pequeno aparelho, também desenvolvido pelos pesquisadores, no qual a película sensora é introduzida.
Semelhante a um medidor de glicose utilizado por diabéticos, o aparelho indica o nível de atividade da enzima e, consequentemente, o índice de contaminação por metamidofós da amostra analisada, com base em padrões de tensão medidos pelos pesquisadores com diferentes concentrações de acetilcolina – substância que atua como neurotransmissor e com a qual o pesticida se assemelha muito.
“À medida que introduzimos o sensor em soluções com diferentes concentrações de pesticida, a atividade da acetilcolinesterase (medida em termos de diferença de potencial) variava e conseguimos quantificá-la”, explicou Vieira.
Outras aplicações
De acordo com Vieira, o sensor pode ser adaptado para detectar outras categorias de pesticidas das classes dos carbamatos e dos organofosforados – à qual pertence o metamidofós –, que também inibem a ação da acetilcolinesterase.
Para isso, no entanto, seria preciso medir a atividade da enzima em diferentes concentrações de cada pesticida especificamente, de modo que o sinal de um não mascare o do outro.
“O padrão de sinal elétrico em outras categorias de pesticidas pode variar, porque o mecanismo de inibição da ação da acetilcolinesterase para cada um deles é diferente. Por isso, seria preciso recalibrar o sensor para também poder detectá-los”, disse Vieira.
Segundo o pesquisador, o biossensor já despertou o interesse de fabricação e comercialização de uma empresa de biotecnologia de Minas Gerais. O custo estimado do aparelho – incluindo o sensor e o medidor – deverá ser entre R$ 100 e R$ 200 a unidade.
O componente que mais encarece o produto hoje, segundo os pesquisadores, é a acetilcolinesterase. Para tentar substituí-la, eles iniciarão nos próximos meses um processo com o intuito de tentar obter de frutas – como o abacate e a banana – um outro tipo de enzima com propriedades semelhantes às da acetilcolinesterase.
“Compramos hoje a enzima purificada, que é bem cara. A ideia é obter de frutas o extrato bruto de uma enzima com atividade semelhante à da acetilcolinesterase para ser utilizada em medições de concentrações de pesticidas”, disse Vieira.
Atualmente, de acordo com os pesquisadores, as análises de contaminação por pesticidas no Estado de Mato Grosso são enviadas para São Paulo ou Rio de Janeiro e levam dias para serem processadas.
Por meio do biossensor, será possível diminuir o custo e tempo de obtenção dos resultados para poucos minutos, ressaltam os pesquisadores. “Para analisar amostra de solo contaminado, por exemplo, basta misturá-lo com água para decantar a terra, deixar o sensor imerso por 15 minutos na solução contendo o pesticida dissolvido e colocá-lo no medidor para obter o índice de contaminação”, exemplificou Vieira.
A ideia do desenvolvimento do sensor – surgida durante um encontro entre os pesquisadores do IFSC com colegas da UFMT no INEO – resultou na primeira patente depositada pela universidade mato-grossense nos 40 anos de existência da instituição.
“Em uma das reuniões anuais do INEO entramos em contato com um grupo pesquisadores da UFMT que tinha a ideia de desenvolver um sensor de pesticida pelo fato de Mato Grosso ser o Estado que mais produz grãos no país atualmente e se usar muito metamidofós nas lavouras”, contou Guimarães.
“Na época, Vieira estava pesquisando exatamente sobre biossensores e decidimos iniciar uma colaboração com o grupo da UFMT – liderado pelo professor Romildo Jerônimo Ramos – para desenvolver esse biossensor de pesticida”, disse.
Detecção da dengue
Em seu atual pós-doutorado, Vieira pretende desenvolver biossensores que, em vez de enzimas, como a usada no biossensor de metamidofós, utilizem anticorpos para detecção de proteínas marcadoras de contaminação pelo vírus da dengue e de início de infarto agudo do miocárdio.
Em parceria com uma empresa brasileira de biotecnologia, Vieira desenvolveu – com a estudante de mestrado no IFSC Alessandra Figueiredo e o professor Guimarães – um sistema que detecta a proteína NS1 secretada pelo vírus da dengue nos primeiros dias de infecção. “Essa proteína marca a presença do vírus da dengue e, consequentemente, o início da infecção”, disse.
De acordo com ele, a maioria dos sensores existentes hoje voltados a detectar a infecção pelo vírus da dengue faz isso de forma indireta, por meio de um anticorpo imobilizado que se liga à proteína NS1 e necessita de um anticorpo secundário, geralmente marcado com outras moléculas.
Com base no mesmo princípio do biossensor para detecção de metamidofós, os pesquisadores desenvolveram um sensor que promete detectar de forma direta e com maior precisão a proteína NS1. “O sensor para detecção de infecção da dengue está em processo de patenteamento. Nós ainda não chegamos a um produto final”, disse Vieira. 

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29 abril, 2013

A tal maioridade

 O indiano Mohammed Nisham foi acusado pela polícia do seu país, por deixar seu filho que é menor dirigir seu automóvel, que é uma Ferrari F430. Aqui no Brasil um menor dirigir qualquer veículo é crime também.
Mas se fosse aqui no Brasil o ocorrido, seria simples, o pai iria dizer que o filho pegou o veículo sem sua permissão, então como ele é de menor, não haveria nada para o filho, mas e o pai? Há o pai não autorizou, então não existe problema, só uma pequena multa.
Atualmente governo e mídia estão discutindo a maioridade penal, 16 ou 18? A maioria do PT quer que continue com os 18 anos, a turma do PSDB prefere 16 anos. Referi a estes partidos porque são eles que vão votar, ou seja, fazer um acordo e decidir sobre o assunto, quando estiver em pauta.
 Até o momento a observação que faço e a seguinte, o Brasil não tem condições ressocialização nem do adulto e muito menos das “crianças”, acredito que se criasse (copiasse dos EUA) um sistema onde o detento trabalhasse de verdade, e quando cumprisse a pena tivesse ressocializado, seria o ideal.
Sugiro que no período de reclusão tivesse que obrigatoriamente trabalhar dignamente e estudar, e tanto no trabalho quanto no estudo tivesse metas a serem cumpridas e não somente “passar” o dia trabalhando e estudando.
Sei que é uma realidade distante, mas ta ai minha contribuição. Há e sobre opinião sobre a maioridade penal, sou contra a atual é também contra a proposta de redução para 16 anos, que tal a metade da proposta?
Esse é o meu ponto de vista, aceito visões contrárias.














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12 novembro, 2012

Húmus é usado com sucesso para descontaminar área com metais


Húmus é empregado com sucesso para a correção de terras que precisam ser descontaminadas. A alternativa ecológica pode ser aplicada em solos contaminados por metais pesados como cobre, chumbo, cromo.
A experiência desenvolvida pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo, usou húmus resultante da compostagem com minhocas (vermicompostagem) no esterco bovino.
A professora Maria Olimpia de Oliveira Rezende, que coordenou a pesquisa, diz que o sistema ecológico é uma alternativa a um processo em geral complexo e oneroso que e utiliza produtos nocivos ao meio ambiente.
Pelo novo método, o material empregado na vermicompostagem, o esterco bovino, é usado por ter propriedades orgânicas. Além do esterco, existem outras fontes que podem ser utilizadas como bagaço de laranja e de cana-de-açúcar.
Segundo Leandro Antunes Mendes, mestre em química ambiental, a contaminação por cobre e chumbo pode ocorrer em qualquer área de mineração ou despejo de resíduos sem controle no solo. O cromo, liberado pelas indústrias de curtume, após o tratamento do couro, é problema de cidades paulistas como Jaú e Franca, onde existem muitas fábricas de calçados de couro.
Mendes ressalta que, em pequenas quantidades, cobre e chumbo são importantes para as plantas, mas a bioacumulação dos metais pode tornar o solo improdutivo. O cromo impede o crescimento, provoca o amarelamento das plantas e, no caso das mudas ainda novas, a morte.
Segundo a pesquisadora Maria Olimpia, a dosagem do húmus de minhoca pode ainda ser usada para corrigir deficiências de cobre e chumbo nos diferentes tipos de terras, conforme a necessidade de cada cultura.
De acordo com a reportagem da Agência Fapesp, nas pesquisas iniciais foram utilizados 25% de húmus de minhoca para 75% de solo contaminado. Com esse porcentual, os cientistas conseguiram eliminar a contaminação.
Maria Olimpia ressalta que o processo, no entanto, não retira os metais do local. "Os elementos tóxicos continuam no solo, mas ficam imobilizados. Eles não ficam disponíveis para as plantas, nem para serem carregados e levados ao lençol freático", explica a pesquisadora.

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